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EADS fecha 2006 com lucros de 99 milhões de euros

Publicado: 09 Março, 2007 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

A EADS, a dona da Airbus, encerrou o ano 2006 com resultados líquidos de 99 milhões de euros, um valor que compara com os 1,68 mil milhões obtidos em igual período do ano passado. Os atrasos nas entregas do A380 foram os responsáveis pela diminuição dos lucros.

Para esta forte quebra dos lucros anuais da maior construtora de aviões da Europa, contribuiram, em parte, os prejuízos de 768 milhões de euros obtidos pela empresa nos últimos três meses de 2006.

Parte destes prejuízos trimestrais ficaram a dever-se à Airbus, controlada pela EADS, que registou perdas líquidas de 1,72 mil milhões de euros no último trimestre do ano passado, tendo fechado 2006 com prejuízos, pela primeira vez na sua história, de 572 milhões de euros.

Os sucessivos atrasos nas entregas do novo 'superjumbo' A380 foram os principais responsáveis pelos resultados obtidos em 2006, já que as vendas da EADS até cresceram no ano passado. O aumento nas receitas foi de 15% para 39,4 mil milhões de euros, resultantes da venda de 434 aviões.

Este ano, a empresa prevê 'novos prejuízos substanciais para a Airbus'. Os dois anos de atraso na entrega dos A380 irão causar prejuízos de 4,8 mil milhões de euros até ao final desta década, segundo a EADS.

Governo francês quer aumento de capital social na EADS

O ministro da Economia francês, Thierry Breton, afirmou hoje pretender que o grupo europeu de aeronáutica e defesa EADS proceda a um aumento de capital, em que participe o Estado.

'Desejo que se verifique um aumento do capital', disse hoje Breton à rádio France Inter, reafirmando que neste caso o Estado francês também entraria.

Na véspera, o primeiro-ministro Dominique de Villepin declarara à imprensa que o Estado estava 'prestes a participar, com outros accionistas no aumento do capital (da EADS) considerado necessário pela empresa'.

A ideia de uma recapitalização foi avançada em França para ajudar a Airbus (de que a EADS é a casa-mãe) para ultrapassar as dificuldades, numa altura em que um plano draconiano anunciado há uma semana previa o corte de 10.000 empregos em quatro anos.

O capital da EADS é partilhado por accionistas franceses e alemães (22,5% cada um), privados e públicos, nomeadamente o Estado francês (15%), bem como o Estado e os Lander (estados regionais) alemães no seio de um consórcio.

Fonte: Jornal de Negócios e Diário Digital