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EADS vai precisar de 5 bilhões de euros para os próximos anos

Publicado: 08 Março, 2007 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

A European Aeronautics Defence and Space Company (EADS), companhia européia controladora da fabricante da fabricante de aviões Airbus, precisa de 5 bilhões de euros em financiamento externo para continuar tocando seus projetos nos próximos anos. A declaração foi feita nesta quarta-feira pelo co-executivo chefe da empresa, Louis Gallois, em entrevista à rádio francesa RTL.

Apesar da necessidade, Gallois afirmou que a empresa não têm 'urgência quanto ao aumento do capital' para a EADS. A companhia atravessa várias dificuldades, causadas por problemas com a Airbus e o projeto do superjumbo A380, que até agora foi uma constante de prejuízo.

'As contas da EADS estão positivas, mas sabemos que no futuro, nos próximos anos, necessitaremos de financiamento externo', disse Gallois, que também comanda diretamente a Airbus. Segundo ele, 'o conselho de diretores não excluiu a possibilidade de um aumento no capital'.

O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, afirmou recentemente que seu governo estaria pronto para participar de uma ação de aumento de capital na EADS, caso a empresa julgue que a medida seja necessária. A companhia é um consórcio entre países cujos maiores sócios são França e Alemanha.

O capital extra será necessário especialmente para financiar a produção do modelo A350XWB, outro projeto que vem dando fortes dores de cabeça à direção da Airbus. Como o A380, problemas com o projeto do modelo forçaram a empresa a reformular todo o programa. Agora, ele só entrará em operação em 2012, cinco anos após aquele que será o seu maior concorrente, o 787 Dreamliner, da estounidense Boeing, que começa a voar ainda neste ano.

Na semana passada a EADS divulgou os detalhes de um plano de reestruturação para a Airbus, cujo objetivo é economizar 5 bilhões de euros em gastos da Airbus até 2010 e aumentar os lucros operacionais em 2,1 bilhões de euros no mesmo período. Para tanto, a companhia vai fechar ou vender seis fábricas e demitir cerca de 10 mil funcionários.

Fonte: Valor