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Economistas pedem Fora Temer e Diretas Já

Publicado: 31 Maio, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O Conselho Federal de Economia (Cofecon) divulgou nota nesta terça-feira (30) em que critica as reformas do governo federal, como a trabalhista e a previdenciária, pede o afastamento do presidente Michel Temer do cargo e ainda prega pela realização de eleições diretas como "passos indispensáveis para a tão desejada retomada do crescimento econômico".

O Cofecon ressalta que já havia pedido, em 19 de maio, a "apuração célere das graves denúncias envolvendo a Presidência" e propôs que "em havendo vacância do cargo de Presidente, que sejam convocadas eleições gerais diretas antecipadas para a Presidência da República e para a Câmara dos Deputados e 2/3 do Senado Federal, com mandatos que excepcionalmente finalizem em 2022, mediante a aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional".

Agora, o Conselho afirma que novos e graves fatos surgiram nos últimos 10 dias: a) a liberação, pela Procuradoria Geral da República, da íntegra da gravação da conversa entre Temer e Joesley Batista; b) entrevista do presidente ao jornal Folha de São Paulo, reconhecendo o teor da gravação; c) a "Marcha dos 100 mil" em Brasília contra as reformas; d) os 13 pedidos de impeachment de Temer já impetrados, em especial o da OAB; e e) o ato com 150 mil manifestantes no Rio de Janeiro pelo impeachment e pelas Diretas Já.

"Tratam-se de fatos que aprofundaram ainda mais a crise político-institucional, com consequências negativas para o cenário econômico", diz a nota.

"Tanto a permanência de Temer quanto a eleição indireta de um novo presidente manterão a economia brasileira 'na UTI' nos próximos 18 meses, com a retração dos investimentos e a consequente ampliação do desemprego, fomentando a desesperança e ampliando o risco de explosão do 'caldeirão social'", diz o texto.

"Portanto, afastar Temer, sustar a agenda de 'reformas' e realizar eleições diretas são passos indispensáveis para a tão desejada retomada do crescimento econômico", conclui a nota do Cofecon.

(Fonte: Infomoney)