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Efeitos do novo Código Florestal pioram a qualidade da água

Publicado: 22 Março, 2018 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Escassez, contaminação, privatização, privação de acesso aos mais pobres. No Dia Mundial da Água, celebrado nesta quinta-feira (22), mais uma má notícia: O novo Código Florestal (Lei 12.651/12), em vigor desde maio de 2012, que reduziu a proteção das matas ciliares ao possibilitar anistia em caso de desmatamento das encostas, já mostra seus efeitos nefastos sobre as bacias hidrográficas. O estudo Observando os Rios 2018 – o Retrato da Qualidade da Água nas Bacias da Mata Atlântica, divulgado ontem (21) pela Fundação SOS Mata Atlântica durante o 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília, indica que a redução da vegetação que protege as margens contribui para a piora da qualidade da água.

Realizado desde 1991, a partir de uma campanha que coletou 1,2 milhão de assinaturas em prol da recuperação do Rio Tietê, o estudo conta com participação voluntária de 252 grupos de monitoramento que analisam a qualidade da água em 307 pontos, 247 corpos d´água, em 104 municípios de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Distrito Federal, envolvendo cerca de 3,6 mil pessoas.

Em 2015, havia 45 pontos de monitoramento com água de boa qualidade, o que corresponde a 15% do total avaliado. Em 2017, o número caiu para seis e, neste ano, 12 deles recuperaram a boa condição. Mas segundo a especialista de Recursos Hídricos da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, é grande a distância para chegar a melhores indicadores, embora tenha havido diminuição para um dos sete pontos de péssima qualidade em 2015.

(Fonte: Cida de Oliveira, Rede Brasil Atual)