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Eleição sindical: metalúrgicos do ABC escolhem Comitês Sindicais de Empresa

Processo começou nesta quarta (25). Serão escolhidos 280 representantes de 93 CSEs. Presidentes da CNM/CUT e do Sindicato do ABC votaram no CSE Ford, para o qual são candidatos.

Publicado: 25 Março, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Teve início nesta terça-feira (25) o primeiro turno das eleições para a renovação da direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que comandará a entidade no período de 2014-2017. Nessa fase, os trabalhadores estão escolhendo, nas fábricas onde trabalham, os representantes de 93 Comitês Sindicais de Empresa (CSEs) e o do Comitê Sindical de Aposentados (CSA).

Ao final do primeiro turno – que será encerrado nesta quarta-feira (26) –, serão eleitos 280 representantes da categoria. O segundo turno, marcado para 7 e 8 de maio, elegerá o presidente e os Conselhos da Direção e Fiscal da entidade. A posse da direção ficou marcada para 19 de julho.
 

Crédito: CNM/CUT
Paulo Cayres vota no CSE da FordPaulo Cayres vota no CSE da Ford
Paulo Cayres vota no CSE da Ford

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem mais de 100 mil trabalhadores na base, nas cidades de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, sendo aproximadamente 70 mil sindicalizados.

O atual presidente do Sindicato, Rafael Marques, é candidato à reeleição. E, como trabalhador na Ford, nesta fase é um dos candidatos do CSE da montadora. Também trabalhador na Ford, o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) é um dos candidatos pelo CSE.

Ambos estiveram na fábrica na manhã desta quarta-feira para votar na eleição do CSE, ao lado do secretário de Administração e Finanças do Sindicato, Teonílio Barba, e do secretário geral e de Relações Internacionais da CNM/CUT, João Cayres, que, como funcionários na Ford, também aproveitaram o momento para votar no CSE.
 

Crédito: CNM/CUT
Rafael é candidato no CSE da Ford e a reeleição no sindicatoRafael é candidato no CSE da Ford e a reeleição no sindicato
Rafael é candidato no CSE da Ford 

Rafael Marques reforçou a importância desse processo e do modelo sindical da entidade. “O Sindicato começa no local de trabalho. Todos têm de passar pelo teste das urnas nas fábricas, ninguém é membro da diretoria plena sem ser primeiro testado na fábrica onde trabalha”, destacou.

Paulo Cayres, por sua vez, lembrou que a organização no local de trabalho é uma das bandeiras do movimento sindical cutista e um dos mecanismos para democratizar as relações trabalhistas e agilizar a solução de conflitos. “É no cotidiano das fábricas que os problemas surgem e, com representação sindical nas empresas, é possível solucioná-los mais rapidamente. Mais que isso, com a organização no local de trabalho, é possível até atuar para evitar que muitos problemas aconteçam”, assinalou Paulão.

Ele lembrou que o modelo sindical com CSE, que começou na base dos metalúrgicos do ABC, hoje são realidades em várias outras bases sindicais da categoria e que a CNM/CUT defende que este modelo seja conquistado por trabalhadores em todo o país.

Histórico
As eleições dos metalúrgicos do ABC começaram a se diferenciar das demais eleições sindicais na década de 1980 quando o sindicato começou a eleger Comissões de Fábrica.

A criação dos Comitês Sindicais de Empresa (CSEs) foi aprovada no 2º Congresso dos Metalúrgicos do ABC, em 1997 e a primeira eleição neste modelo foi realizada em 1999, quando foram escolhidos 190 dirigentes em 69 Comitês Sindicais.

Atualmente, existem Comitês Sindicais em 80 empresas. O calendário eleitoral, as empresas onde haverá Comitê Sindical e os membros da comissão que conduz o processo foram definidos pelos metalúrgicos durante assembleia realizada no início de fevereiro, com a participação de cerca de 1.600 trabalhadores.

A partir de então, foram realizadas uma série de assembleias de mobilização nas fábricas. Na sexta-feira (28), a comissão eleitoral faz a divulgação dos representantes eleitos.

(Fonte: Patrícia de Paula – SMABC, com assessoria de imprensa da CNM/CUT)
 

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