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Em alta: Vendas da BMW já apresentam crescimento no país

Publicado: 17 Junho, 2009 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Desde o início da crise financeira internacional, diversas montadoras apareceram nos noticiários ante a possibilidade de alianças, fusões e aquisições, como uma porta de saída menos dolorosa para a queda das vendas. A BMW, que no Brasil atua com importação de veículos da marca, ficou de fora da maioria dos rumores. Com a peculiaridade de disputar um nicho de mercado que se aproxima de apenas 2% do total comercializado no mundo, além do fato de ser controlada pela família fundadora, a montadora conseguiu passar ilesa pela tangente dos fatos que envolveram concorrentes e sem ter sido alvo de compra de nenhum grande concorrente.

Não que a crise não tenha impactado as vendas da montadora, pelo contrário, a queda nos mercados em que atua chegou a 20%, e em países europeus e nos Estados Unidos ainda se mantém neste patamar. Também concedeu férias coletivas para reduzir a produção, a exemplo do que foi feito em toda a indústria automotiva mundial.

No entanto, passado nove meses do ápice da crise, a direção da BMW já enxerga um cenário de certa estabilidade em nível mundial, sinal que, na opinião de Graeme Grieve, vice-presidente da marca para a América do Sul, permite imaginar um horizonte de forte crescimento nos próximo anos. "Ainda não dá para dizer quando vai acontecer esta retomada, mas o fato de ter estabilizado é um indicativo de que o pior já passou".

No Brasil e em outros países emergentes a reação já vem ocorrendo. De janeiro a maio, a BMW comercializou 1.239 automóveis, alta de 2,6% sobre igual período do ano passado. No caso das motocicletas, o crescimento nas vendas é de 19,8% e totaliza 568 unidades.

Para Grieve, além do crescimento da demanda por veículos de luxo no mercado interno, o desempenho foi influenciado pelos lançamentos feitos pela marca. De acordo com as informações da montadora, neste ano já foram lançados cinco modelos de automóveis no país, o último a nova versão do BMW Z4, realizado na semana passada. Motocicletas foram três neste ano.

"Nossos consumidores gostam de trocar de carro, claro, mas têm a peculiaridade de manter a marca", declarou o vice-presidente da BMW para a América do Sul.

A empresa também trouxe, em abril deste ano, a marca Mini Cooper para o mercado brasileiro, com quatro versões do veículo de pequeno porte que concorre com o Smart, da Mercedes-Benz, e com o Cinquecento, da Fiat.

Segundo o executivo, as duas marcas estão sendo comercializadas separadamente. "Está tendo uma aceitação muito boa, na nossa opinião", disse Grieve, ao informar que entre abril e maio deste ano já foram comercializadas 95 unidades da marca Mini. A BMW possui também sob seu controle a marca Rolls-Royce.

Para todo o ano, a expectativa de Grieve é de ao menos repetir o desempenho do ano passado no Brasil, quando as vendas atingiram 2.864 unidades, mas a percepção é de que há condições de até superar essa meta.

Fonte: Valor

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