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Em ato nesta segunda, CUT e demais centrais protestam contra MPs

Manifestações em frente às Superintendências Regionais do Trabalho pediram revogação das medidas. No ato em SP, presidente da CNM/CUT destacou importância de defender a democracia no Brasil.

Publicado: 02 Março, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Para protestar contra as Medidas Provisórias que mexem em direitos dos trabalhadores, a CUT e as demais centrais sindicais realizaram na manhã desta segunda-feira (2) ato público em frente à Superintendência Regional do Trabalho, em São Paulo. Manifestações semelhantes foram realizadas em outras capitais.

A atividade reuniu centenas de trabalhadores, que criticaram as Medidas Provisórias editadas pelo governo e que alteram as regras do seguro desemprego e benefícios previdenciários, que passam a valer a partir de hoje.

Crédito: Roberto Parizotti
Paulo Cayres Paulo Cayres
Paulo Cayres condenou MPs e destacou importância de defender o Brasil e a democracia

O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, participou do ato e, em sua intervenção, avaliou que as MPs prejudicam os trabalhadores e que as entidades sindicais devem cobrar do governo e pressionar o Congresso Nacional para que elas sejam revistas. “O trabalhador não usa o dinheiro do seguro desemprego para aplicar na Bolsa de Valores. Ele usa para sustentar a família”, disse Cayres.

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, chamou de "injustas e recessivas" as alterações previstas nas Medidas Provisórias 664 e 665, editadas no final do ano passado. A exemplo de Cayres, o secretário geral também assinalou: "O dinheiro obtido com o seguro-desemprego e o abono salarial vai para a compra da comida, do arroz, do feijão (e outras necessidades básicas)". Nobre apontou setores com alta rotatividade de mão de obra, como o comércio e a construção civil, como mais prejudicados, à medida que muitos empregados não conseguirão atingir o prazo mínimo de 18 meses para conseguir ter o primeiro acesso ao seguro-desemprego (o prazo anterior era de seis meses).

Crédito: Roberto Parizotti
Ato reuniu representantes das seis centrais sindicaisAto reuniu representantes das seis centrais sindicais
Ato reuniu representantes das seis centrais sindicais


Defesa do emprego
Paulo Cayres ressaltou ainda que uma luta primordial das entidades sindicais deve ser em defesa do emprego, porque é a renda do trabalhador que ajuda a economia girar. “Esse deve ser o nosso foco principal”, reforçou. O presidente da CNMN/CUT criticou ainda o governo de São Paulo, pela crise de abastecimento de água no Estado. “São Paulo é o estado mais rico do Brasil e, por conta da incompetência do PSDB – que está no poder há mais de 20 anos – a população sofre com a falta d’água. Isso é uma vergonha e traz muita preocupação, porque já está reduzindo as atividades das empresas e a ameaça de demissão fica cada vez mais presente”, afirmou.

Cayres condenou, em sua intervenção, os ataques que estão sendo desferidos contra a presidenta Dilma Rousseff e a democracia. “A direita governou o Brasil por 502 anos, sempre favorecendo os interesses dos ricos e do sistema financeiro, em detrimento dos direitos da classe trabalhadora e não se conforma que desde 2003 não seja mais assim. Nós, da CUT, temos lado e vamos defender a presidenta Dilma Rousseff contra esses ataques infundados que a direita tem desferido contra ela e a democracia em nosso país. Mas a presidenta sabe também que nós vamos cobrar os compromissos da campanha eleitoral. Este ato é um exemplo”, assinalou, complementando ainda: “Mas não vamos entrar no jogo da burguesia, dos especuladores e das grandes multinacionais. Vamos defender o Brasil, o seu patrimônio e as suas riquezas. Nesse momento, nossa principal tarefa é defender a Petrobras e por isso no dia 13 vamos lotar as ruas em todo o país”.

Crédito: Sofia Melo
Ato em Recife também aconteceu pela manhãAto em Recife também aconteceu pela manhã
Ato em Recife também aconteceu pela manhã

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)