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Em ato nesta terça (4), metalúrgicos de Sorocaba (SP) aprovam greve geral contra reformas

Manifestação reuniu mais de 4 mil metalúrgicos e trabalhadores da indústria de outras categorias. Foi aprovada, por unanimidade, a paralisação geral no próximo dia 28.

Publicado: 04 Abril, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Foguinho/Sind Met Sorocaba
Trabalhadores aprovam adesão à paralisação geral do dia 28Trabalhadores aprovam adesão à paralisação geral do dia 28
Trabalhadores aprovam adesão à paralisação geral do dia 28

Mais de quatro mil metalúrgicos e trabalhadores da indústria de outros setores de Sorocaba e região protestaram na manhã desta terça-feira (4), contra a terceirização irrestrita e as reformas da Previdência e Trabalhista, do governo federal. O ato faz parte da Jornada de Lutas de abril, que prepara a classe trabalhadora para uma greve geral no próximo dia 28.

A mobilização, liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, reuniu, além de metalúrgicos, trabalhadores de outras categorias, como têxteis, químicos, da indústria da borracha, condutores, entre outros, que aprovaram, por unanimidade, a paralisação geral no dia 28 convocada pela CUT e outras centrais.

O protesto durou três horas, das 6h às 9h da manhã. A concentração aconteceu em um terreno ao lado da alça de acesso da Rodovia José Ermírio de Moraes, próximo à Prefeitura.

O presidente eleito do Sindicato dos Metalúrgicos, atual secretário-geral da entidade, Leandro Soares, explicou que a jornada de lutas tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os riscos das propostas defendidas pelo governo.

“Queremos dar o recado para esse governo golpista, que quer retirar todos os direitos dos trabalhadores, e aos deputados da região que, inclusive, já votaram a favor da terceirização, que não vamos aceitar esses ataques de forma alguma”, enfatizou.

O atual presidente do Sindicato, Ademilson Terto da Silva, disse que os trabalhadores devem ficar atentos ao momento política atual e participar das mobilizações do mês de abril: “Nós temos que cobrar dos deputados, mostrar a cara, ir para a rua, fazer protestos e paralisações, pois só assim conseguiremos barrar as ameaças desse governo golpista. Vamos parar o Brasil todo no dia 28 de abril”.

Presente no ato, o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM), Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, também pediu união do trabalhadores de todas as categorias para derrubar as propostas do governo. “Precisamos da união dos trabalhadores para podermos enfrentar o maior ataque que o povo brasileiro sofreu ou está sofrendo na sua história”, disse.

Terceirização
O presidente da FEM afirmou ainda que não há lugar no mundo onde foi feita a terceirização irrestrita e que tenha gerado empregos. “Muito pelo contrário, o que aconteceu foi aumentar os acidentes de trabalho, aumentar a rotatividade, aumentar as demissões e abaixar salários”, afirma.

Sancionado no último dia 22, o Projeto de Lei 4302, de 1998, amplia a terceirização para todas as atividade da empresa, inclusive na atividade-fim. “Nosso papel, como representantes dos trabalhadores, é fazer com que esse terceirizado de hoje tenha uma melhor condição e não sermos irresponsáveis e permitir que a grande maioria se torne terceirizado”, completou Luizão.

Leandro Soares lembrou também que, com a terceirização irrestrita, muitos trabalhadores correm risco de perder os direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.

No final do ato, os dirigentes agradeceram a participação dos sindicatos de metalúrgicos de outras regiões e do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba, que colaborou na logística para a realização do ato.

(Fonte: Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba)