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Em Caruaru (PE), Lula diz que trabalhadores estão dispostos a lutar pela democracia

Ex-presidente está fazendo a Caravana Popular em Defesa da Democracia pelo Nordeste do Brasil para denuncia golpe contra os direitos da classe trabalhadora.

Publicado: 13 Julho, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
Lula em CaruaruLula em Caruaru
Lula em Caruaru

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta quarta-feira (13) a cidade de Caruaru, em Pernambuco, e participou da Caravana Popular em Defesa da Democracia. A caravana começou em Juazeiro (BA) na segunda-feira (11), passou ontem em Petrolina (PE) e deve seguir pela região denunciando o golpe contra a democracia e os direitos dos trabalhadores.

"Eles sabem que estão mentindo [os golpistas]. Eu nunca imaginei que a Dilma seria vítima de uma mídia que não tem compromisso com a verdade. Possivelmente, eles estejam incomodados porque tem empregada doméstica, filho de agricultor familiar e filho de pobre fazendo universidade. Isso incomoda muita gente da elite desse país. O que eles não sabem é que os trabalhadores brasileiros estão dispostos a prosseguir na consolidação da democracia e fazer com que os trabalhadores sejam eleitos vereadores, prefeitos, deputados,  governadores e presidentes neste país".

Lula disse que faltam apenas seis votos para reverter o impeachment no Senado. E lembrou que um senador pernambucano votou pela admissibilidade do impeachment. "O povo deste estado votou em um senador, que foi ministro da Dilma, e está votando contra ela. Bastou o Temer dar um cargo ao filho dele para ele votar contra a Dilma. Por isso é importante fazer passeata, ir ao gabinete do senador, falar com o senador, mandar 'zap-zap' [mensagem por whatsapp]... Mas é importante que eles saibam todo santo dia que não terão mais o voto do povo brasileiro para quem trai esse mesmo voto".

Crédito: Divulgação
Cayres em Caruaru, Pernambuco Cayres em Caruaru, Pernambuco
Cayres em Caruaru, ao lado de Maria José do Espírito Santo

O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, também está acompanhando o presidente Lula na caravana pelo Nordeste. "Esta caravana está passando pelas cidades do nordeste para denunciar o golpe. O povo precisa compreender que está em jogo os direitos conquistados nos governos de Lula e Dilma. Os trabalhadores vão perder, principalmente os que vivem no Semiárido, que sofreram com a seca", afirmou. 

Durante o ato em Caruaru, Cayres encontrou com Maria José do Espirito Santo, 90 anos, que tinha o sonho de conhecer o ex-presidente Lula. "Ela disse que com Lula ninguém mais passou fome ou sede no Brasil", contou. 

MST
Lula também visitou nesta quarta-feira (13), o assentamento Normandia, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O ex-presidente foi apresentado à escola do Centro de Formação Paulo Freire, que capacita trabalhadores rurais. Ele conheceu também a plantação e a agroindústria que existem no assentamento.

Crédito: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
Ex-presidente no assentamento do MSTEx-presidente no assentamento do MST
Ex-presidente no assentamento do MST

"Essa viagem despertou minha vontade de voltar a viajar o país, especialmente nesse momento que estamos sendo vítimas de um golpe", disse. "Eu senti que eu tinha um vazio na minha vida. O vazio era a ausência de contato com o povo trabalhador desse país", afirmou Lula. 

Caravana
Lula começou a caravana pelo nordeste nesta segunda-feira (11), em Juazeiro, na Bahia. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do ato Bahia Mais Forte, que reuniu movimentos sociais, gestores públicos e a população local no lançamento de uma série de ações para o desenvolvimento rural do semiárido.

Crédito: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
Lula no ato de Juazeiro, na Bahia Lula no ato de Juazeiro, na Bahia
Lula no ato de Juazeiro 

Em sua fala, o ex-presidente disse que aprendeu muito ouvindo o povo e as soluções que o próprio povo tinha para o semiárido. Citou as cisternas, o seguro para a safra, aquisição de alimentos do pequeno produtor, financiamento para a produção familiar. "Ninguém mais vai dizer que o povo do semiárido não é capaz, que o semiárido não pode produzir e que as pessoas que moram aqui têm de ir para São Paulo ou Rio de Janeiro morar em barraco. Eu tenho orgulho de ter acreditado naqueles que levantam cedo e vivem de seu suor. O governo não acreditava nessas pessoas, não se dava conta da existência delas", disse.

(Fonte: Instituto Lula, com informações do portal Brasil 247 e da assessoria de imprensa da CNM/CUT)