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Em conferência mundial do segmento automotivo, trabalhadores discutem indústria 4.0

Publicado: 17 Novembro, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
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Conferência foi realizada em Munique, Alemanha

Entre os dias 14 e 16 de novembro, cerca de 125 sindicalistas de 30 países participaram da Conferência Mundial do Segmento Automotivo. O encontro foi promovido pela IndustriALL, federação internacional dos trabalhadores na indústria, e aconteceu em Munique, na Alemanha. A principal discussão durante o encontro foi a indústria 4.0 e seu impacto nos postos de trabalho, além da importãncia da organização no local de trabalho e nos Sindicatos.

De acordo com Michel Maicon Vasconcelos da Silva, coordenador do Coletivo de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), que participou do encontro, os trabalhadores de todo o mundo terão um grande desafio com a nova revolução industrial. “Serão criadas cadeias de produção de maneira autônoma. Ou seja, iremos sofrer uma grande redução dos empregos, além de precarizar as condições de trabalho”, afirmou. “Teremos que reorganizar o movimento sindical para enfrentar essas mudanças”, completou.

"Pela primeira vez na história as empresas da indústria automotiva são forçados a uma revolução que também questiona o seu próprio modelo de negócio. Esta mudança não vai acontecer sem o envolvimento da classe trabalhadora", disse Helmut Lense, diretor da IndustriALL no segmento automotivo.

Outro tema de destaque foi o trabalho precário no segmento em diversos países. O representante da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos da França (FTM-CGT), Richard Gentil, informou que algumas fábricas está usando 80% de trabalhadores temporários. Na montadora Renault, por exemplo, tem 9 mil  temporários.

Já para Jerry Dias, presidente da Unifor, no Canadá, que representa trabalhadores na indústria automobilística, disse o trabalho precário visa apenas aumentar o lucro das empresas e degradar a qualidade de vida dos trabalhadores.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT, com informações da IndustriALL)