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Emprego no segmento naval será foco de grupo de trabalho na Câmara dos Deputados

Grupo funcionará na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle e terá participação dos metalúrgicos da CUT.

Publicado: 24 Junho, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Câmara dos Deputados
Grupo de trabalhadores acompanha reunião da CFFCGrupo de trabalhadores acompanha reunião da CFFC
Grupo de trabalhadores e parlamentares na reunião da CFFC

Os metalúrgicos do segmento naval conseguiram nesta quarta-feira (24) garantir a constituição de um grupo de trabalho na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados para propor alternativas aos impactos da Operação Lava Jato nos empregos e na economia do país.

Uma delegação de trabalhadores, que teve à frente o presidente e o secretário de Administração da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres e Edson Rocha, acompanhou a reunião da CFFC para garantir a criação deste colegiado.

O grupo de trabalho será formado por trabalhadores, empresários, organizações não-governamentais e representantes de governos (federal, estaduais e municipais) e terá formato de fórum permanente de debates. “Os trabalhadores estão sendo as principais vítimas dos efeitos da Operação Lava Jato e é preciso garantir, além da retomada do nível de emprego, que o setor naval continue crescendo em nosso país. Para isso, vamos também continuar defendendo a Petrobras e a soberania energética do país [leia mais aqui]”, afirmou Cayres, ao justificar a reivindicação de criação do grupo.

“A crise decorrente da Lava Jato está causando desemprego e o não pagamento de salários e verbas rescisórias aos trabalhadores. Queremos reverter isso e continuar garantindo que os contratos para a construção de plataformas sejam assegurados”, completou Edson Rocha, que também é coordenador do segmento naval da Confederação e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói (RJ).

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) aprovou, em reunião nesta quarta-feira, dia 24 de junho, requerimento (112/2015) de autoria do deputado Valtenir Pereira (PROS-MT) em que ele requer a constituição de um grupo de trabalho formado por trabalhadores, empresários, organizações não-governamentais e membros de governos para a construção de alternativas aos impactos da Operação Lava Jato na economia e no índice de emprego no Brasil. Representantes de trabalhadores e de empresas acompanharam a reunião.

Crédito: Divulgação
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Segundo a justificativa do requerimento de constituição do grupo, de autoria do deputado Valtenir Pereira (PROS-MT), o objetivo do colegiado é “definir caminhos técnicos, políticos, jurídicos e econômicos para, sem prejuízo da punição aos responsáveis por atos ilícitos, barrar o desemprego em massa e evitar que empresas brasileiras quebrem e arrastem com elas os empregos e milhares de brasileiros e ainda coloquem em risco a engenharia nacional, importante indutora de desenvolvimento do Brasil”.

Na próxima reunião da Comissão, no dia 1º de julho, outro requerimento será apresentado, para convidar os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) e Eduardo Braga (Minas e Energia) para falarem sobre efeitos da Operação Lava Jato.

Ao final dos trabalhos, o presidente da CFFC, deputado Vicente Cândido (PT-SP), conversou com os representantes das entidades que acompanharam a reunião da Comissão e marcou novo encontro para a próxima quinta-feira (2), com o objetivo de aprofundar a discussão.  Para ele, é fundamental a participação do conjunto da sociedade na recuperação dos postos de trabalho até então perdidos por conta da Operação Lava Jato.

Mobilizações
Os metalúrgicos cutistas que trabalham no setor naval estão realizando uma série de manifestações para chamar a atenção da sociedade e do governo para a sua situação. Mais de14 mil trabalhadores já foram demitidos desde o início da Operação Lava Jato. Em Niterói, os trabalhadores estão em constante mobilização, realizando passeatas, assembleias e protestos. Em Rio Grande (RS), também estão ocorrendo protestos nos estaleiros. 

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT, com informações da Câmara dos Deputados)