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Encontro inédito de jovens do Macrossetor da Indústria da CUT debate a igualdade racial

Publicado: 26 Outubro, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
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Jovens do Macrossetor da Indústria se reuniram na Bahia para debater combate ao racismo

Terminou no sábado (24) o 1º Encontro da Juventude do Macrossetor da Indústria da CUT na luta pela promoção da Igualdade Racial. A atividade, que começou na última quinta-feira (22), foi realizada em Salvador, na Bahia.

O encontro foi promovido pela AFL-CIO, centro de solidariedade de entidade que congrega sindicatos de trabalhadores da indústria nos Estados Unidos, em parceria com as cinco Confederações Nacionais que integram o Macrossetor: Metalúrgicos (CNM/CUT), Químicos (CNQ-CUT), Trabalhadores na Construção (Conticom-CUT), em Alimentação (Contac-CUT) e Vestuário (CNTV-CUT).

Estiveram presentes no encontro Ângela Guimarães, secretaria adjunta da Secretaria Nacional de Juventude do governo federal, Maria Julia Reis Nogueira, secretária nacional de Combate ao Racismo da CUT, Alfredo Santos Júnior, secretário de Administração e Finanças da CUT Bahia, Marino Vani, representante da IndustriALL Global Union (federação internacional dos trabalhadores na indústria), e Jana Silverman, representante da AFL-CIO.

Ao longo dos dois dias, os 30 jovens trabalhadores debateram temas como a criminalização da juventude negra no Brasil, a redução da maioridade penal, a política de cotas raciais, a juventude negra no mercado de trabalho e nos sindicatos e as políticas da CUT para juventude e pela promoção da igualdade racial. Além disso, o grupo fez um roteiro histórico pelo Pelourinho, patrimônio Cultural da Humanidade, que durante a escravidão foi o lugar onde os escravos eram castigados.

Na abertura do encontro, o secretário de Políticas Sociais da CNM/CUT, Roberto Pereira de Souza, destacou a importância dos jovens pautarem novos temas para o movimento sindical. “Esta nova bandeira de luta, pela promoção da igualdade racial, mostra que os jovens estão à frente das transformações no sindicalismo brasileiro. A juventude que participa deste encontro não veio apenas para aprender, mas para expor suas ideias e ser multiplicadora de conhecimento”, disse.

Já a presidenta da CNTV-CUT, Cida Trajano, acredita que a atividade foi essencial para a aproximaçãodas entidades sindicais com a juventude que trabalha na indústria. “Este é o primeiro passo da luta do MSI contra qualquer forma de discriminação. É também uma maneira de estabelecer um diálogo direto com a juventude do MSI. Nós, dirigentes sindicais, precisamos encontrar novas maneiras de dialogar com esta juventude conectada e moderna”, afirmou.

Em sua intervenção, o secretário de Juventude da CNM/CUT, Silvio Ferreira, apresentou o Macrossetor da Indústria da CUT, demonstrando  a necessidade de fortalecer as lutas e ações comuns de categorias do mesmo ramo. “O MSI foi criado porque temos muitos desafios em comum e, com unidade, podemos articular propostas para a política industrial nacional. A unidade das Confederações tem avançado na construção de um novo modelo de organização sindical, inclusive desenvolvendo políticas nos estados e regiões pautados também pelo olhar da juventude trabalhadora, como é o caso desta atividade”, destacou.

Curso de Combate ao Racismo
Durante o encontro, a secretária de Igualdade Racial da CNM/CUT, Christiane dos Santos, falou sobre o Curso de Formação Sindical “Combate ao Racismo para a Construção da Igualdade Racial”, promovido pela Confederação em 2014. O curso, que foi realizado em dois módulos, também foi aberto aos sindicalistas das demais categorias do MSI.

Segundo ela, dirigentes de todo país debateram o racismo, como enfrentá-lo e ações para promoção da igualdade racial. “Somos trabalhadores de meios diferentes, mas sofremos a mesma discriminação. O problema é igual e, por isso, a ação precisa ser comum. O curso sensibilizou as entidades do MSI para o tema, a partir da troca de experiências e da formação teórica”, explicou aos participantes do encontro em Salvador. 

Christiane também lembrou da criação do Coletivo de Igualdade Racial da CNM/CUT, formado com a conclusão do segundo e último módulo do curso. “O Coletivo fez seu primeiro encontro neste ano, em conjunto com os coletivos de Mulheres e Juventude da Confederação (leia aqui). O grupo já conseguiu aprofundar o debate e elaborar algumas propostas de luta para superação do racismo no mundo do trabalho e na sociedade”, contou.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)