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Encontro reúne coordenadores das redes sindicais de metalúrgicos

Publicado: 27 Julho, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
Atividade está sendo realizada na sede da CNM/CUTAtividade está sendo realizada na sede da CNM/CUT
Atividade está sendo realizada na sede da CNM/CUT

Começou nesta segunda-feira (27) o Encontro dos Coordenadores das Redes Sindicais. A atividade tem o objetivo de trocar informações e experiências sobre organização e ação dos metalúrgicos, além de fortalecer as redes sindicais de trabalhadores nas empresas. O encontro, que vai até amanhã, acontece na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), em São Bernardo do Campo (SP).

O evento também faz parte do Projeto de Ações frente às multinacionais na América Latina, promovido em parceria com a CUT, o Instituto Observatório Social e centro de formação DGB Bildungswerk (DGB BW), ligado à central sindical alemã DGB.

Participam da atividade cerca de 50 trabalhadores em empresas multinacionais do ramo metalúrgico, entre elas Ford, ArcelorMittal, ZF, Weg, Metalplan Equip, Gerdau, Regional América Latina, Daimler, Grupo Shaeffler, GE, Usiminas, ThyssenKrupp, Leoni Automotive, Rexam, Alcoa, Volkswagen e Toyota.

A mesa de abertura foi coordenada pelo secretário de Organização da CNM/CUT, Ubirajara de Freitas, e contou com a presença do presidente da entidade, Paulo Cayres, da secretária de Formação, Michele Marques, do diretor para a América Latina da DGB BW, Niklaas Hofmann, e do assessor da CUT Nacional Alexandre Bento.

Em sua intervenção, Cayres falou sobre o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). “O Programa inova ao trazer para o Brasil um novo conceito de proteção ao trabalhador. No lugar de apenas custear o trabalhador desempregado, estimula os postos de trabalho e a renda. Há a redução da jornada, mas o trabalhador continua com as suas garantias trabalhistas”, explicou.

Ao avaliar a conjuntura econômica e a situação do ramo industrial, o presidente da Confederação disse: “Nós, da CNM/CUT, queremos propor um observatório da indústria no Brasil. O objetivo é pensar em ações que vão de encontro com novas tecnologias, distribuição de renda, de melhores condições de trabalho, emprego descente e, principalmente, do fortalecimento da indústria brasileira”.

Crédito: CNM/CUT
Na mesa de abertura, Paulo Cayres (em pé) falou do Programa de Proteção ao EmpregoNa mesa de abertura, Paulo Cayres (em pé) falou do Programa de Proteção ao Emprego
Na mesa de abertura, Paulo Cayres (em pé) falou sobre o PPE 


A secretária de Formação, por sua vez, lamentou a ausência de mulheres no encontro. “Tempos atrás, a CUT debatia a cota de 30% de mulheres nas direções de suas entidades filiadas. E só hoje conseguimos cumprir esta meta. Agora, temos um desafio maior: a paridade. No nosso ramo é complicado atingir, já que as mulheres representam 19%. Só que infelizmente, neste grupo não tem nenhuma mulher que representa uma rede, mas é preciso pensar sobre este assunto com um olhar mais crítico”, afirmou a dirigente.

Representando a CUT, Bento destacou a solidariedade entre trabalhadores de todo mundo através das redes sindicais. “Essa tentativa de golpe que está acontecendo na atual conjuntura brasileira é contra esta classe que vive do trabalho. A rede sindical é, acima de tudo, uma luta de solidariedade entre os trabalhadores e esta união dos trabalhadores do mundo é imprescindível para a luta de classe”, disse.

Niklaas Hofmann também reafirmou a necessidade de unir as lutas dos trabalhadores.  “A luta sindical deve ser pensada no âmbito nacional, mas também internacional. Essa troca de experiências entre trabalhadores é essencial para que a classe ocupe espaços políticos decisivos em defesa dos seus direitos e avanços de suas conquistas”, completou.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)