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Espera por emprego nunca foi tão longa como na era Temer

Com o golpe, trabalhadores passam em média dois anos em busca de uma vaga. Jovens são os mais afetados.

Publicado: 24 Fevereiro, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

 

Crédito: Divulgação
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A recessão de Michel Temer e o caos instaurado para permitir a derrubada de Dilma Rousseff afetou diretamente o brasileiro; em 2016, quase 20% dos 11,8 milhões de desempregados já procuravam uma vaga há pelo menos dois anos; em relação a 2014, esse grupo explodiu, crescendo 90%: passou de 1,2 milhão de pessoas para 2,3 milhões no ano passado; especialistas afirmam que os jovens são os mais afetados e alertam que, quanto maior a demora, mais difícil será para o trabalhador se recolocar no mercado; embora o ministro Henrique Meirelles tenha dito que o país já está saindo da recessão, o desemprego não dá trégua e se torna cada vez mais longo

Em 2016, quase 20% dos 11,8 milhões de desempregados já procuravam uma vaga há pelo menos dois anos. Em relação a 2014, esse grupo explodiu, crescendo 90%: passou de 1,2 milhão de pessoas para 2,3 milhões no ano passado. Também explodiu o grupo de brasileiros que ficou de um ano a menos de dois anos buscando trabalho. Passou de 1 milhão de pessoas em 2014 para 2,16 milhões em 2016, alta de 104%. Somados, são 4,46 milhões de trabalhadores procurando emprego há mais de um ano. Os dados foram divulgados pelo IBGE ontem.

As informações são de reportagem de O Globo.

"'Quanto mais se demora para conseguir um emprego, mais aumentam as dificuldades de contratação, pois esses trabalhadores perdem seu capital humano específico e conhecimentos práticos. Ficam 'enferrujados'. E quem está empregado passa a agir como se tivesse sem emprego, freando o consumo, com medo de ser demitido e demorar muito tempo para se reinserir no mercado", analisa Marcelo Neri, diretor do FGV Social.

O levantamento mostra ainda que, em 2016, a falta de trabalho atingia um contingente bem maior, de 22,6 milhões de brasileiros, se considerados os 11,8 milhões que estavam desempregadas; outros que estavam disponíveis para trabalhar, mas, por algum motivo, ainda não tinham procurado vaga; e aqueles que queriam trabalhar mais, pois se encontravam subocupadas em empregos que consumiam menos de 40 horas por semana. Esse grupo cresceu 46% entre 2014 e 2016."

(Fonte: Brasil 247)