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EUA: como a greve dos trabalhadores na Boeing afeta a produção

Publicado: 08 Setembro, 2008 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O sindicato de trabalhadores da Boeing Co, que tem 27 mil membros, está em greve, paralisando a produção de aviões comerciais, uma vez que as negociações para um novo contrato de trabalho fracassaram até o prazo de meia-noite de sábado (6), horário de Seattle, Estados Unidos.

A Boeing disse que suas fábricas continuarão abertas e os trabalhadores sindicalizados e não-sindicalizados deverão comparecer ao trabalho, mas as linhas de produção de Everett e Renton (Estado de Washington), serão interrompidas.

Se a quarta greve da Boeing em 20 anos for prolongada, são previstos perdas financeiras e problemas para a companhia, além de interrupções na cadeia mundial de suprimento. Economistas também prevêem prejuízos para a economia da área de Seattle e para os Estados Unidos em geral.

Veja algumas previsões:

Boeing

A Boeing poderá ter prejuízos de 3 bilhões de dólares em receita por mês, metade do total da receita prevista, se as entregas de seus aviões comerciais forem canceladas, com base em números da primeira metade do ano.

Ela poderá perder de 30 a 40 centavos de dólar de ganhos por ação para cada mês de greve, de acordo com analistas de Wall Street. A empresa deveria ganhar 5,85 dólares por ação ao ano, em média.

Companhias aéreas

Atrasos na entrega de aeronaves poderão prejudicar grandes clientes como American Airlines, da AMR Corps, Continental Airlines e Southwest Airlines Co .

Compradores do novo 787 Dreamliner, já irritados pelos atrasos na produção, enfrentariam ainda mais atrasos. Grandes clientes incluem a japonesa All Nippon Airways, a australiana Qantas Airways, a britânica Virgin Atlantic [VA.UL] e a Singapore Airlines .

A empresa de leasing de aviões norte-americana, International Lease Finance Corp, unidade da seguradora American International Group Inc, é a maior cliente dos 787s, com uma encomenda de 74 aviões.

Uma paralisação prolongada poderá abrir oportunidade para a Airbus, unidade da EADS, para aceitar encomendas de aviões de companhias aéreas.

Fonte: Reuters