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Evento debate impactos da transnacionalização do capitalismo

Publicado: 26 Agosto, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A Fundação Friedrich Ebert (FES) promoveu nesta segunda-feira (25) oficina sobre os impactos no Brasil da transnacionalização do capitalismo no que se refere aos aspectos sociais, ambientais e no mundo do trabalho.

O evento, que aconteceu em São Paulo, reuniu cerca de 30 pessoas, de vários segmentos, desde o movimento sindical até organizações não governamentais e ambientalistas. A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) foi representada por João Cayres, secretário geral e de Relações Internacionais da entidade.  

Segundo ele, um dos focos da oficina foi a discussão sobre os “princípios reitores”, que são uma série de códigos de conduta relacionados aos direitos humanos a serem adotados pelas grandes corporações. “Quando vemos empresas como a Zara sendo coniventes com o trabalho escravo, percebemos o quanto as grandes corporações dão as costas para os direitos humanos em nome do lucro”, avaliou Cayres.

Um dos aspectos abordados no evento, que também debateu a crescente concentração e “estrangeirização” de cadeias produtivas, inclusive no Brasil. “Estes novos mecanismos unem cada vez mais as corporações, que otimizam sua produção, aumentam a exploração do trabalho e, sobretudo, multiplicam seus lucros, que aliás não são taxados por impostos”, disse o secretário da CNM/CUT a respeito de outro aspecto abordado no debate.

A sinergia entre as empresas é tão grande que há dezenas de casos de conselhos administrativos serem compostos pelos mesmos executivos. A propósito disso, a ONG Repórter Brasil disponibilizou em seu site um levantamento sobre quem é quem nos conselhos das maiores empresas no país. No evento de ontem, o jornalista Leonardo Sakamoto, deiretor da ONG, apresentou este trabalho, que tem o nome “Eles mandam” (visualize aqui).

A FES é uma instituição alemã que desenvolve projetos de cooperação com entidades sindicais e sociais em mais de 100 países de todo o mundo, buscando a “globalização solidária”. No Brasil, entre outras entidades, ela tem parceria com a CUT. A FES também é parceira da CNM/CUT no apoio e organização das Redes Sindicais.

(Fonte: Assessoria de imprensa da CNM/CUT)