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Fábricas de motos fecham 8,4 mil vagas em 6 anos

Publicado: 13 Dezembro, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

As fábricas de motos em Manaus (AM) vão terminar 2017 com pouco mais de 12,1 mil funcionários e queda de 41% em relação aos empregos de 2011, período recorde na produção do setor, com 2,1 milhões de unidades e 20,5 mil trabalhadores.

Naquele ano, a produtividade atingida foi de 104 motocicletas por trabalhador no Polo Industrial de Manaus (PIM). Em 2017, mesmo após seguidos cortes que ocorreram no setor, a produtividade recuou para 74 motos por trabalhador.

Os fabricantes afastam a possibilidade de novos cortes e acreditam em um pequeno número de contratações para 2018: “Deve ser um ano positivo para os empregos até mesmo em razão da alta que deve ocorrer na produção, mas vamos aguardar o comportamento do mercado nos próximos meses”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, entidade que reúne os fabricantes do setor.

Fermanian recorda os cortes que ocorreram de 2012 para cá afetaram não só as fábricas de motos, mas os fornecedores de componentes: “Naquele período em que a indústria superou os 2 milhões de motos tinha ocorrido um movimento para concentrar fornecedores no PIM, mas com a retração do mercado alguns deles fizeram o movimento inverso porque ficou inviável economicamente”, recorda Fermanian.

Diferentemente dos fabricantes de automóveis e caminhões, que estimam alta de dois dígitos para 2018, a Abraciclo projeta crescimento de apenas 5,1%: “A realidade de nosso segmento é diferente. Boa parte de nossos consumidores está nas classes C, D e E, que têm poder de compra limitado e ainda são bastante afetadas pelo desemprego”, recorda Fermanian. 

(Fonte: Automotive Business)