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FEM-CUT/SP: Campanha Salarial será marcada pela resistência em defesa dos direitos

Publicado: 23 Junho, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Adonis Guerra
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 Luizão alertou trabalhadores neste momento de ataques contra classe trabalhadora

Em reunião na Sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a diretoria da entidade discutiu os pontos da Campanha Sala­rial da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (a FEM-CUT/SP), e as próximas datas do calendário. A atividade tam­bém integrou a mobilização para a Greve Geral do dia 30 contra as reformas Trabalhista e da Previdência.

O presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, alertou que os traba­lhadores correm riscos neste momento de ataques.

“Além de garantir repo­sição da inflação e aumento real, as convenções coletivas podem impedir o mal maior que são a reforma Trabalhista e a terceirização ao estabelecer barreiras sobre os seus efeitos devastadores”, explicou.

Luizão ressaltou que as medi­das permitem o fim das cate­gorias no País com a terceiriza­ção indiscriminada, contratos de trabalho precarizados e o enfraquecimento da organiza­ção dos trabalhadores.

“Temos o papel de alertar os metalúrgicos do ABC para preservar a categoria e os direi­tos. Se não nos atentarmos, po­demos até fazer uma Campa­nha Salarial com aumento real, mas sequer teremos campanha no ano que vem”, afirmou.

“A reforma expõe o traba­lhador ao negociar direto com a empresa sem a participação dos sindicatos e sabemos o que isso representa. Um companheiro sozinho dificilmente vai questionar retrocessos sem ser punido ou demitido pelo patrão”, disse.

O presidente explicou que a terceirização permite que o trabalhador se torne pessoa jurídica, os ‘PJs’ e prestadores de serviços em toda a fábrica, que não serão mais da cate­goria metalúrgica. “A nossa missão é impedir os ataques e esta Campanha Salarial será marcada pela nossa resistência. Os nossos direitos são a princi­pal bandeira”, defendeu.

Outro item da reforma Tra­balhista é permitir grávidas e lactantes em locais de trabalho insalubres. “É um retrocesso ao início do século passado ter mulheres em condições degradantes. Com que cara vamos olhar para as nossas companheiras se aceitarmos que sejam destratadas?”, ques­tionou.

“Só vamos sobreviver se che­garmos a acordos para todos e que não deixem ninguém desprotegido. Por isso, é tão im­portante que cada um converse com os companheiros para dizer que não é só a reposição da inflação que está em jogo, é o futuro da categoria”, explicou.

Entrega da Pauta
A entrega da pauta da FEM-CUT à bancada patronal está prevista para o dia 4 de julho. A Assembleia Geral de Campa­nha Salarial dos Metalúrgicos do ABC será no dia 11 de julho, às 18h.

A Campanha Salarial 2017 tem como tema “Resistência, Unidade e Luta”. Os cinco eixos prioritários são: 40 horas se­manais; reposição da inflação e aumento real; não à perda de direitos, não à terceirização; não às reformas. Também apresenta diversas cláusulas sociais para garantir direitos.

“Se o governo e os patrões querem uma medida que gere empregos é a implantação da jornada de 40 horas semanais, que abre espaço para mais gen­te trabalhar”, concluiu Luizão.

A FEM-CUT representa cerca de 200 mil metalúrgicos no Estado de São Paulo.

(Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC)