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FEM-CUT/SP: Grupo 3 insiste em ataques aos direitos dos trabalhadores

Publicado: 15 Agosto, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Marina Selerges/ FEM-CUT/SP
Seguindo plano de trabalho, bancadas debateram as cláusulas pré-existentesSeguindo plano de trabalho, bancadas debateram as cláusulas pré-existentes
Seguindo plano de trabalho, bancadas debateram as cláusulas pré-existentes

Na manhã desta terça-feira (15), a Federação dos Metalúrgicos da CUT de São Paulo (FEM-CUT/SP) realizou a terceira rodada de negociação com o Grupo 3. Na sede do Sindipeças, as cláusulas pré-existentes foram debatidas. O setor patronal nega avanços nas cláusulas que não tem impacto econômico, como por exemplo, o aumento da licença paternidade para 20 dias e aumento do período da licença amamentação.

Para a bancada patronal, o atual desemprego é resultado da carga tributária e dos direitos sociais que foram conquistados pela classe trabalhadora brasileira. Para o secretário geral da Federação, Adilson Faustino, o Carpinha, a postura do grupo 3, que reúne peças, forjaria e parafusos, é inadmissível. “O atual desemprego é resultado da crise econômica e da crise política que o país atravessa pós golpe. Não são os direitos que conquistamos com muita luta que causam o desemprego”, rebateu Carpinha. Os patrões também questionaram os 30 dias de férias, alegando que apenas no Brasil as férias são “longas”.

O coordenador da regional Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira do Nascimento, valorizou a evolução da relação entre o capital e o trabalho e cobrou respeito. “Não dá para comparar quem trabalha no ar condicionado, com quem trabalha no pé da máquina. O sistema capitalista explora tanto o trabalhador que ele não tem tempo para pensar, e isso não significa que ele não é inteligente. Diante disso, falar que 30 dias de férias é demais, é falta de respeito, no mínimo”.

Emprego Apoiado
A bancada patronal aceitou a cláusula compromissória que orienta as empresas a contratar pessoas com deficiência por meio da ABEA (Associação Brasileira do Emprego Apoiado). “Essa reivindicação era da Campanha Salarial de 2016, que caracterizou a nossa convenção como uma convenção humana. Importante avançar neste debate com o Grupo 3 que está há 3 anos sem assinar convenção”, explicou Carpinha. Os patrões devem entregar uma proposta de redação na próxima rodada de negociação.

Campanha Salarial 2017: Resistência Unidade e Luta
A data base da categoria é 1º de Setembro. A FEM-CUT/SP representa aproximadamente 198 mil metalúrgicos no Estado de São Paulo. A Campanha Salarial 2017 “Resistência, Unidade e Luta”, traz em sua identidade visual o resgate do Construtivismo Russo, linguagem estética e artística usada durante o período revolucionário russo para dialogar com a população por meio de cartazes e panfletos. Além de homenagear os 100 anos da Revolução Russa, a campanha também celebra os 100 anos da primeira Greve Geral no Brasil. “100 anos depois da Greve Geral de 1917, em 28 de abril de 2017, construímos a maior greve geral da história do Brasil. Em um momento como esse que vivemos, de ataques concretos contra nossos direitos é importante resgatar os diversos momentos de resistência da classe trabalhadora”, explica Luizão.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da FEM-CUT/SP)