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FEM-CUT/SP: negociações emperram com o Grupo 3

Publicado: 20 Setembro, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Marina Selerges/ FEM-CUT/SP
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Sexta rodada de negociação aconteceu nesta quarta-feira (20)

Na manhã desta quarta-feira (20) aconteceu a sexta rodada de negociação com o Grupo 3, que reúne os sindicatos patronais dos segmentos de peças, parafusos e forjaria. O encontro aconteceu na sede da Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT São Paulo (FEM-CUT/SP), em São Bernardo do Campo.

Diante da aprovação da Reforma Trabalhista e da aproximação do início da vigência das mudanças, a FEM-CUT/SP tem como objetivo para esta Campanha garantir os direitos dos metalúrgicos da base. “A Convenção Coletiva de Trabalho é como se fosse a bíblia do trabalhador dentro da fábrica, é este documento que garante direitos para a categoria”, explicou Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, presidente da FEM-CUT/SP.

O Grupo 3, que está há 3 anos sem assinar a Convenção, insiste na retirada de direitos. Um dos ataques da bancada patronal é contra as garantias previstas na CCT aos trabalhadores acidentados e portadores de doença profissional. No Brasil, apenas os trabalhadores/as da base da FEM-CUT/SP ainda tem esse direito garantido. “Eles estão condicionando a assinatura da convenção a retirada desses direitos do documento”, explicou Luizão. “Apesar da melhora nos indicativos econômicos de alguns segmentos do grupo, o cenário não é o ideal. O momento é delicado por conta da aproximação do início da validade da reforma trabalhista e apenas com muita mobilização da categoria poderemos reverter esse cenário, iniciar o debate da cláusula econômica e assinar a convenção que garanta nossos direitos”, finalizou Luizão.

Os sindicatos irão intensificar a mobilização nos próximos dias nas bases da FEM-CUT/SP e a bancada dos trabalhadores deve voltar a se reunir com o Grupo 3 na próxima semana.

Campanha Salarial 2017: Resistência Unidade e Luta
A data base da categoria é 1º de Setembro. A FEM-CUT/SP representa aproximadamente 198 mil metalúrgicos/as no Estado de São Paulo. A Campanha Salarial 2017 “Resistência, Unidade e Luta”, traz em sua identidade visual o resgate do Construtivismo Russo, linguagem estética e artística usada durante o período revolucionário russo para dialogar com a população por meio de cartazes e panfletos. Além de homenagear os 100 anos da Revolução Russa, a campanha também celebra os 100 anos da primeira Greve Geral no Brasil. “100 anos depois da Greve Geral de 1917, em 28 de abril de 2017, construímos a maior greve geral da história do Brasil. Em um período como esse que vivemos, de ataques concretos contra nossos direitos é importante resgatar os diversos momentos de resistência da classe trabalhadora”, explica Luizão.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da FEM-CUT/SP)