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Fiat confirma produção de três carros na fábrica de Pernambuco

Publicado: 08 Maio, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Durante apresentação do plano estratégico mundial da Fiat Chrysler Automobiles para o período de 2014 a 2018, Stefan Ketter, vice-presidente de manufatura do grupo e responsável pelo projeto da fábrica de Pernambuco, detalhou como serão as operações da empresa no Nordeste nos próximos cinco anos.

Segundo o executivo, a planta terá capacidade total de 250 mil unidades/ano e ficará pronta para os primeiros testes já no terceiro trimestre deste ano e o parque de fornecedores entra em operação logo a seguir, até o fim do ano. A produção começa a todo vapor no primeiro trimestre de 2015.

Ketter revelou que estão programados inicialmente três novos veículos para a planta pernambucana, todos sobre uma mesma plataforma, denominada por ele "small-wide", ou "pequena e larga". Dos veículos Fiat atualmente em linha no País, esse conceito faz lembrar a base do Grand Siena, na categoria dos carros chamados "cheap space", com espaço de modelo médio e acabamento mais barato de compacto.

O primeiro dos veículos, como já foi divulgado, será o Jeep Renegade, que começa a sair da linha de montagem no primeiro trimestre de 2015. Ainda neste mesmo ano, um segundo novo carro passará a ser feito por lá. Pelo o que Cledorvino Belini, presidente da FCA para América Latina, anunciou na terça-feira, 6 (leia aqui), este segundo veículo será uma picape média, para competir com Chevrolet S10 e Ford Ranger. Em 2016 será a vez de entrar em produção na unidade um crossover pequeno, que pode substituir o Idea com mesmo conceito e mais espaço.

Entre os futuros lançamentos de carros completamente novos prometidos pela Fiat até 2018 no Brasil, somente o novo subcompacto, previsto para 2015 para se posicionar no lugar do antigo Mille, não será feito em Pernambuco, mas na fábrica de Betim (MG), que passa atualmente por nova expansão para atingir capacidade de 950 mil unidades/ano.

Ketter contou que dentro do parque de fornecedores da fábrica de Pernambuco serão instaladas 16 plantas de suprimentos - a Fiat já havia anunciado 11 empresas que se instalariam no complexo industrial. Os veículos terão 70% de suas autopeças nacionais.

Serão contratados para o início da produção mil funcionários, número que deve aumentar para 3 mil em 2016. Deste total, 500 são multiplicadores e já estão sendo treinados em Betim e em outras plantas do Grupo Fiat pelo mundo. Parte deles está aprendendo a montar o Jeep Renegade na Itália.

Pelo layout do novo complexo industrial, é possível identificar que Ketter aproveitou a mesma estrutura de manufatura que ajudou a implementar na fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais (PR), quando exerceu a função de diretor de qualidade no fim dos anos 1990. Assim como na unidade da VW, a da Fiat terá um centro de comunicação entre as três principais áreas produtivas: os prédios de soldagem de carrocerias, pintura e montagem final convergem para uma mesma área central.

O Grupo Fiat investe R$ 4 bilhões na construção da fábrica de Goiana, em terreno de 12 milhões de metros quadrados doado pelo Estado. Segundo Ketter, 80% do investimento foi financiado por instituições públicas brasileiras de fomento, como BNDES e Sudene. Entre os incentivos fiscais citados pelo executivo, a fábrica terá redução de 50% do imposto de renda, mas sabe-se também contará com substancial redução de IPI do regime automotivo do Nordeste (o mesmo usufruído pela Ford na Bahia) e diferimento do ICMS estadual. 

(Fonte: Automotive Business)