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Fluxo de caixa garante investimentos, diz vice-presidente da Embraer

Publicado: 19 Novembro, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O vice-presidente e diretor financeiro da fabricante de jatos Embraer, José Antonio Filippo, esclareceu, nesta quarta-feira, em encontro com analistas, que a empresa não tem preocupação com a dívida e que o nível de fluxo de caixa atual deve garantir os investimentos.

Segundo ele, os ciclos de desenvolvimento dos produtos da empresa são longos e os aviões demoram um tempo para gerar receita. Por isso, a empresa opta por ter um perfil de dívida com prazo longo, o que a deixa capaz de cumprir suas obrigações.

Sobre a desaceleração na economia chinesa, a Embraer afirma que busca diversificar seus mercados. "O mercado americano tem dado grandes oportunidades. O Oriente Médio e o México também podem ajudar. Atualmente, nós não estamos tão expostos à China, mas sempre buscamos diversificar", afirmou o executivo.

Nova família de jatos
A fabricante de aeronaves Embraer tem consumido mais caixa por conta dos seus investimentos na sua nova família de jatos, a E2, segundo o vice-presidente da companhia aérea.

Filippo reiterou a expectativa da empresa de estabilidade da produção para o ano que vem. No entanto, o diretor esclareceu que as projeções para 2015 devem sair no início do ano. Questionado por analistas sobre a mudança no foco da concorrente Bombardier, que está desenvolvendo um avião maior, a Embraer afirmou que pretende continuar produzindo jatos médios.

Sobre as oportunidades que podem surgir com o plano de aviação regional, Filippo afirmou que o projeto pode trazer desenvolvimento econômico para o país. A empresa entende que tem capacidade para competir na aviação regional brasileira e afirma que continuará "brigando". "Vamos seguir a nossa estratégia", disse Filippo.

Em relação a potenciais encomendas da Gol e da TAM, em resposta ao plano de aviação regional, o executivo afirmou que não pode falar sobre negociações específicas, mas acredita que seu produto seja muito competitivo.

(Fonte: Valor Econômico)