Formação sindical reúne dirigentes da Argentina, Brasil e México

Crédito: CNM/CUT

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Terceiro e último módulo de formação acontece na sede da CNM/CUT

Nesta quarta-feira (14) teve início o terceiro e último módulo de formação do projeto "Ação Frente às Multinacionais da América Latina". A atividade, que se estende até esta sexta-feira (16), acontece na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT). O curso tem o objetivo de possibilitar a troca de experiências entre dirigentes sindicais dos ramos da Construção, Metalúrgicos, Químicos e Vestuário do Brasil, México e Argentina.

O evento é promovido pelo Instituto Observatório Social (IOS) e Central Única dos Trabalhadores (CUT), com o apoio da central sindical alemã DGB BW.

O encontro, que já foi promovido na Argentina e México, tem o intuito de debater o comportamento das empresas multinacionais e as ações sindicais para combater a precarização do trabalho e do aumento da desigualdade social. “Nossa ideia é apontar ações para os trabalhadores frente à atual forma de organização global da produção capitalista”, informou Hélio da Costa, um dos coordenadores do projeto e pesquisador do IOS.

A mesa de abertura contou com a participação do presidente do Instituto Observatório Social (IOS), Siderlei de Oliveira, o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, o secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Valter Sanches, o assessor da Secretaria de Relações Internacionais da CUT, Alexandre Bento, o representante do México, Héctor de La Cueva, e o representante da União Obrera Metalúrgica (UOM), da Argentina, Walter Pires. Integram a mesa também, representantes dos ramos químico, Edna Vasconcelos, do vestuário, Marcia Viana, e da construção, Jéssica Andrade.

Crédito: CNM/CUT

Trabalhadores na Argentina, Brasil e México participam do curso de formação

Trabalhadores na Argentina, Brasil e México participam do curso de formação

Em suas intervenções, os dirigentes brasileiros condenaram o golpe contra a democracia, consolidado no último dia 31 de agosto. Além disso, convocaram os trabalhadores para mobilização construída pela CUT e centrais sindicais para o dia 22 de setembro, também conhecido como o “esquenta da greve geral”.

“Os golpistas acharam que iriam nos deter. Este golpe não é contra a Dilma ou o PT é contra toda a classe trabalhadora. Não vamos aceitar que nossos direitos conquistados com muita luta sejam jogados fora. Os metalúrgicos de todo país são contra esta agenda de retrocessos”, disse Cayres.

“A política neoliberal na América Latina é contra a classe trabalhadora. É uma agenda que aumenta a desigualdade social, que explora a mão de obra do trabalhador, que tem práticas antissindicais e muitos outros exemplos. Com a rede sindical podemos construir ferramentas para frear esta onda conservadora de direita”, completou Sanches.

Crédito: CNM/CUT

Sanches (microfone) durante mesa de abertura da atividade

Sanches (microfone) durante mesa de abertura da atividade

Entre os conteúdos deste módulo estão campanhas internacionais de denúncia a empresas e mútua solidariedade trabalhista, redes sindicais nas cadeias globais de abastecimento, estratégias de resistência à agenda neoliberal e retrocesso na América Latina. Também estão previstas visitas com dirigentes às empresas da região do ABC Paulista, além de uma visita a TV dos Trabalhadores (TVT).

Sobre o IOS
O Instituto Observatório Social é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo a geração de conhecimento para o mundo sindical e o mundo do trabalho. Com abrangência nacional e internacional, o IOS realiza pesquisas e estudos especializados, com metodologias e processos participativos, que contribuem para a ação sindical, o diálogo social e o desenvolvimento sustentável. O IOS foi fundado em 1997 em uma iniciativa da CUT, Dieese, Cedec e Unitrabalho.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT, com informações do IOS)