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Gerdau: metalúrgicos em três plantas continuam luta por reajuste salarial

Publicado: 29 Janeiro, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Metalúrgicos em três unidades da Gerdau continuam lutando paras que a empresa cumpra o reajuste salarial acertado nas convenções coletivas de trabalho.

Nas três bases – São Leopoldo (RS), Pernambuco e Sorocaba (SP) – os sindicatos recorreram à Justiça do Trabalho para que as convenções sejam cumpridas e para que a empresa respeite a decisão tomada pelos metalúrgicos em assembleias nas fábricas, de não aceitar abono em vez de reajuste salarial.

Em reunião realizada na última quarta-feira (27) entre representantes dos três sindicatos e a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), os sindicalistas relataram que os trabalhadores estão descontentes porque – além de não terem recebido o reajuste salarial – o abono pago acabou acarretando na mudança de faixa de desconto do imposto de renda e todos tiveram a incidência da alíquota de 27,5%, o que significou um grande desconto.

Os dirigentes sindicais lembraram a contradição da empresa no que se refere ao assunto. Em Araçariguama (base de Sorocaba) e Recife (PE), a Gerdau pagou o reajuste de 9,88% aos trabalhadores que foram demitidos. Ou seja, só para quem ela demite a convenção coletiva é assegurada.

Os sindicalistas relataram ainda que a produção nas três plantas está a todo o vapor, o que seria mais um motivo para cumprir o acertado nas convenções coletivas. “A desculpa que a empresa dava era a de retração na produção, o que os trabalhadores não estão vendo no seu cotidiano. Além disso, em algumas plantas está havendo aumento das contratações, só que de estagiários, como no caso de Sapucaia do Sul (base de São Leopoldo)”, destacou Loricardo de Oliveira, secretário geral em exercício da CNM/CUT.

Na reunião, os participantes comentaram a notícia veiculada em alguns jornais, de que a Gerdau pode ser condenada a devolver aos cofres públicos R$ 5 bilhões, por conta da Operação Zelotes, que apura fraude no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Esse valor, segundo notícia original na Coluna de Júlio Moreno em O Globo, equivale a uma Operação Lava Jato inteira.

“Os trabalhadores não podem ser as vítimas nesse processo. Salário é sagrado e, por isso, nossos sindicatos continuaram fazendo de tudo para garantir que a Gerdau pague o reajuste”, enfatizou Loricardo.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)