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Gestamp ameaça demitir 350 trabalhadores e cortar 50% da PLR em Taubaté

A primeira parcela da PLR da Gestamp tinha previsão de ser depositada nesta sexta-feira, conforme acordo firmado em 2019. Porém, a empresa quer reduzir o valor do benefício em 50%.

Publicado: 11 Maio, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A Gestamp ameaça demitir 350 trabalhadores em Taubaté. A empresa também quer cortar em 50% a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos funcionários. A informação foi repassada pela direção da fábrica aos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) em reunião na última sexta-feira (8). Durante a reunião, a empresa alegou que enfrenta uma redução drástica na produção por conta da pandemia de coronavírus. Além disso, a projeção é de que o mercado continue em baixa pelos próximos cinco meses, com atividades reduzidas nas montadoras, que são as principais compradoras de autopeças da Gestamp.

A primeira parcela da PLR da Gestamp tinha previsão de ser depositada nesta sexta-feira, conforme acordo firmado em 2019. Porém, a empresa quer reduzir o valor do benefício em 50%.

"Nos posicionamos contra as medidas anunciadas pela empresa na reunião. O Sindicato sabe das dificuldades do mercado, mas há ferramentas disponíveis para empresa administrar a situação. Temos construído uma série de acordos com as fábricas de Taubaté para preservar os empregos", explica o presidente do Sindmetau, Claudio Batista, o Claudião.

Em abril os trabalhadores da Gestamp aprovaram um acordo para suspensão dos contratos de trabalho na fábrica por um prazo de três meses, com possibilidade de prorrogação por mais 60 dias. A Gestamp conta com cerca de 1.300 trabalhadores em duas plantas em Taubaté.

"Na reunião desta sexta a empresa até admitiu conversar sobre a questão da PLR. Mas se mostrou irredutível quanto às demissões. Vamos continuar no processo de negociação, além de alertar o poder público municipal sobre os impactos negativos que essas demissões podem causar para as famílias e para economia da cidade", afirmou Claudião.

*Matéria escrita pela comunicação da entidade