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Golpe joga mais de 63 milhões de brasileiros na inadimplência

A quantidade de dívidas se acumulando nas casas dos trabalhadores e trabalhadoras mostram uma realidade bem diferente da propaganda golpista de que a economia melhorou, diz Vagner Freitas.

Publicado: 12 Junho, 2018 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O número de brasileiros inadimplentes subiu para 63,29 milhões em maio - 2,78% a mais do que no mesmo mês do ano passado, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

A região Sudeste lidera o ranking de inadimplentes, com 26,94 milhões de pessoas (41%) da população com contas em atraso, registradas em lista de devedores e, portanto, com restrições a contratação de crédito ou compras a prazo.

Em seguida, aparecem as regiões Nordeste, com 17,45 milhões de negativados (43% da população adulta); o Sul, com 8,15 milhões de inadimplentes (36% da população adulta); Norte, com 5,80 milhões de pessoas (48%); e o Centro-Oeste, com um total de 4,94 milhões de inadimplentes (42% da população).

Os dados, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas, contrariam a propaganda do governo ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) que insiste em afirmar que o Brasil saiu da recessão, ignorando os mais de 13 milhões de brasileiros desempregados, os juros absusivos e a perda de renda real dos últimos anos. "E a quantidade de dívidas se acumulando nas casas dos trabalhadores e trabalhadoras mostram uma realidade bem diferente da propaganda golpista".

Dívidas bancárias

A pesquisa do SPC Brasil e da CNDL sobre as contas em atraso mostra um crescimento das dívidas bancárias, que incluem cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, financiamentos e seguros, que registrou alta foi de 6,42%.

Também houve alta nas contas atrasadas com empresas do setor de comunicação, como telefonia, internet e TV por assinatura (5,14%).

Brasil tem quase 18 milhões de brasileiros na faixa dos 30 anos inadimplentes

O indicador aponta que a maior parte dos inadimplentes tem idade entre 30 e 39 anos (17,9 milhões de consumidores). Na sequência, estão os consumidores de 40 a 49 anos, que somam 14 milhões de inadimplentes; as pessoas de 25 a 29 anos, que juntas formam 7,9 milhões de negativados e, as idades mais avançada (faixa dos 65 a 84 anos de idade), que somam 5,4 milhões de pessoas com contas em atraso. A população mais jovem, que vai de 18 aos 24 anos, formam um contingente de 4,8 milhões de negativados, o que representa 20% dos brasileiros nessa faixa.

A pesquisa SPC Brasil e a CNDL consultou capitais e interior das 27 unidades da federação.

(Fonte: Marize Muniz, CUT)