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Greve geral vai barrar a reforma trabalhista no Senado, avalia CNM/CUT

Metalúrgicos da CUT de todo o país vão cruzar os braços amanhã. E entidades internacionais enviam seu apoio ao movimento.

Publicado: 27 Abril, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

 
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Os metalúrgicos da CUT de todo o Brasil vão se unir aos milhões de trabalhadores das outras categorias e fazer história nesta sexta-feira (28), dia da greve geral convocada pelas centrais sindicais e movimentos populares. O golpe desferido na noite de ontem pelos deputados – que rasgaram a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e aprovaram a reforma trabalhista, acabando com direitos e conquistas sagrados – é um motivo a mais para que a classe trabalhadora pare o país amanhã. E a cada hora, cresce a adesão de categorias a esta que deverá ser a maior greve geral da história do Brasil.

“A batalha ainda não está perdida. Agora o projeto vai para o Senado e é lá que enfrentaremos uma nova batalha. O sucesso da greve será o principal motivo para fazer os senadores barrarem a reforma do golpista Temer. Não temos outra saída: é lutar, lutar e lutar!”, destaca Paulo Cayres, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT).

O movimento sindical internacional está acompanhando de perto a mobilização dos trabalhadores brasileiros e a CNM/CUT tem recebido mensagens de apoio de várias organizações.

Entre elas, está a Nueva Central de Trabajadores do México, que condena o governo golpista de Michel Temer e suas reformas e assinala em sua nota: “A classe trabalhadora brasileira está levantando bandeiras de dignidade e combatividade que devemos tomar como exemplo com toda nossa força”. Para a central mexicana, a greve geral no Brasil sacudirá o golpista Temer e toda a oligarquia da América Latina e Caribe. O documento é assinado pelo coordenador do conselho político nacional da central, Martin Esparza Flores.

As duas federações de metalúrgicos da Itália, a FIM (Federarazione Italiana Metalmeccanici) e a FIOM (Federazione Impiegati Operai Metallurgici Nazionale), também manifestaram seu apoio à greve geral.

No documento de apoio assinado pelo secretário geral da FIOM, Maurizio Landini, a entidade destaca a importância do movimento no Brasil e lembra que a investida contra o sindicalismo também é forte na Europa e em todo o mundo. Na Itália, revela ainda a nota, essa investida faz crescer a precarização no trabalho e a desigualdade social. “Somos solidários à classe trabalhadora brasileira na luta em defesa das conquistas sociais, dos direitos trabalhistas e da democracia. A luta continua”, afirma o dirigente da FIOM, entidade que é ligada à CGIL (Confederazione Generale Italiana del Lavoro).

Já para Giani Alioti, secretário de Relações Internacionais da FIM, a capacidade de organização, mobilização e luta sindical sempre é determinante para os avanços dos direitos trabalhistas e dos direitos de cidadania para o conjunto das camadas mais pobres e da classe média. “Pensamos que também desta vez será a ação direta sindical que pode barrar esse ataque sem precedentes na história do Brasil desde a ditadura militar”, considera o sindicalista italiano, que destaca ainda:

“Compartimos as palavras do presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Paulo Cayres, de que a greve vai desmistificar, também, a propaganda enganosa dos golpistas e da mídia de que sem a reforma da Previdência, a aposentadoria fica em risco e que, com menos direitos trabalhistas, haverá mais empregos”. A FIM é ligada à CISL (Confederazione Italiana Sindacati Lavoratori) e representa 225 mil metalúrgicos italianos.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)