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Grupo Bosch lucra US$ 56,9 bilhões em suas vendas globais

Publicado: 02 Fevereiro, 2007 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

As vendas globais do Grupo Bosch cresceram 5% em 2006 e renderam 43,7 bilhões de euros (US$ 56,9 bilhões) à companhia. No entanto, o desempenho fica abaixo do esperado: a previsão inicial era de aumento entre 7% e 8% das vendas. De acordo com o balanço preliminar divulgado quinta-feira pela Bosch, mais uma vez o principal responsável pelo fechamento positivo foi a Ásia, onde se concentram as vendas de bens de consumo, construção civil e tecnologia industrial.

'Nós temos potencial para expandir significativamente nossa presença na Ásia e para ampliar fortemente nossos negócios fora do setor de tecnologia automotiva', disse em nota o diretor da Bosch, Franz Fehrenbach.

A afirmação do executivo se refere ao crescimento de, pelo menos, 13% no continente asiático. Somente na China e Índia o incremento supera os 20%. Além disso, no fim de janeiro a Bosch adquiriu a FHP Manufacturing Company, líder nos EUA em fabricação de componentes elétricos.

Os negócios na América Latina também renderam lucros ao grupo. Na região, o crescimento ficará em torno dos 14%, o mesmo índice previsto para o Leste Europeu. Por outro lado, o incremento nas vendas na América do Norte e no resto da Europa foi mais moderado - 4,5% e 3%, respectivamente.

De acordo com o Grupo Bosch, as 260 mil novas vagas de trabalho criadas estão distribuídas nas regiões que mais trouxeram retorno.

Auto - Outro ponto levantado por Franz Fehrenbach foi a freada do setor automotivo, o pilar dos negócios da Bosch - responsável por 62% do total de vendas do grupo.

Segundo o relatório, a divisão deve faturar cerca de 27,2 bilhões de euros, ou seja, crescimento de 3,5%, O valor equivale a um ponto percentual a menos na comparação com o ano anterior.

Para este ano, Fehrenbach não acredita que haverá mudanças significativas no setor. Apesar do quadro, a empresa continuará a investir em tecnologias para combustíveis. A Bosch já trabalha em 30 projetos, junto a montadoras indianas, para a aplicação de sistemas de injeção a diesel. Na China são 50 projetos com o óleo.

Diesel - O grupo também enxerga como promissora a aposta no diesel com baixo nível de enxofre, tecnologia que já é implantada nos Estados Unidos por iniciativa do EPA (Agência de Proteção Ambiental, sigla em inglês). No Brasil, a Bosch tambem destinará recursos à tecnologia multicombustível.

Empresa espera queda de 2% do faturamento líquido no país

Os números da Bosch no Brasil ainda não foram fechados, porém a empresa adianta que o faturamento líquido de 2006 ficará abaixo dos R$ 4 bilhões registrados em 2005. 'Acreditamos em queda de 2% no faturamento, devido à valorização do real, que prejudicou nossas exportações', afirma o gerente de relações corporativas para a América Latina da Bosch, Carlos Abdalla.

Segundo o gerente, os negócios internacionais representaram 42% do faturamento de 2006. Para este ano, a expectativa é de queda na participação das exportações sobre o faturamento, chegando ao patamar de 40%. 'O mercado interno terá que compensar as perdas nas vendas externas.'

Abdalla acredita que com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) irá ajudar a melhorar o desempenho da empresa, que também atua no segmento de construção civil. Apesar da redução dos lucros, o Grupo Bosch não pretende cortar a verba de R$ 180 milhões destinada às fábricas no Brasil. Segundo Abdalla, a partir deste ano a empresa irá fabricar a nova geração de freio ABS no país. O produto, feito em alumínio, deverá custar 15% a menos que os tradicionais.

Além de focar os projetos em componentes de segurança, a Bosch também continuará o desenvolvimento de produtos que reduzem a emissão de gases poluentes, como a tecnologia DG Flex, sistema diesel-gás para aplicação em ônibus e caminhões.

Fonte: Diário do Grande ABC