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Helibras busca novos clientes no Norte e Nordeste

Publicado: 20 Agosto, 2007 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

Em 2004, a Helibras levava em média quatro meses para atender a uma encomenda. Atualmente, esse tempo aumentou para um ano e meio. O dólar desvalorizado e a grande demanda por helicópteros fizeram aumentar a fila na linha de produção em Itajubá (MG). 'Estamos fazendo um esforço para cumprir os prazos de entrega', afirmou Julien Negrel, diretor comercial e de marketing da empresa.

A fabricante de helicópteros espera vender 10% a mais em 2007 'numa projeção conservadora'. Esta também é a meta de crescimento da empresa para os próximos anos. No ano passado, a empresa vendeu 40 unidades, que serão produzidas nos próximos 18 meses. O faturamento da Helibras no período foi de US$ 60 milhões.

A empresa tem como alvo os mercados fora do eixo São Paulo-Rio de Janeiro, considerados bastante maduros. Vale lembrar que a frota de helicópteros na capital paulista, de mais de 400 unidades, disputa com Tóquio a segunda posição entre as maiores do mundo (o primeiro lugar é de Nova York). As regiões Norte e Nordeste , alguns países da América do Sul e o mercado 'off-shore' estão na mira da companhia. Só a Petrobras possui 19 helicópteros para deslocamento de funcionários para plataformas e a estatal vem trabalhando há alguns anos com a renovação da frota. Licitações para aeronaves de uso parapúblico (de uso da polícia, ambulância) e militar também são potencial mercado da empresa.

Outro apelo de vendas da companhia, segundo Negrel. é mostrar a versatilidade da aeronave - ferramenta de trabalho de segunda a sexta-feira e veículo de lazer nos fins de semana. 'Ainda há uma aura de magia envolvendo os helicópteros', disse. São máquinas que custam a partir de US$ 3 milhões. A unidade de Itajubá também é responsável pela manutenção e reparos das aeronaves da marca. A empresa também possui um hangar no Campo de Marte, em São Paulo, onde funciona uma oficina.

De acordo com números da empresa, a frota brasileira é de 813 aeronaves (incluindo usos militar, offshore, transporte executivo e de segurança pública), sendo 650 delas voltadas para a aviação executiva. A empresa, única fabricante brasileira de helicópteros, informa deter 54% do mercado geral e 49% do mercado executivo, disputado por empresas como Agusta Westland, Bell e Sikorsky.

A Helibras é subsidiária da francesa Eurocopter, do grupo EADS e se instalou no Brasil em 1979. Já fabricou mais de 500 unidades. Em 2006, a Eurocopter registrou faturamento de 4,9 bilhões de euros, ante os 3,5 bilhões de euros em 2005. A carteira de encomendas da empresa soma 11 bilhões de euros. O valor do 'backlog' no Brasil não foi informado.

Fonte: Valor