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Informalidade faz desemprego cair, mas ainda há 13,3 milhões sem trabalho

Publicado: 31 Agosto, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O desemprego ficou em 12,8% no trimestre encerrado em julho, segundo dados da Pnad Contínua, divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, o Brasil tinha 13,3 milhões de desempregados.

Em relação ao trimestre terminado em junho, o recuo da taxa foi de 0,2 ponto percentual (veja o gráfico abaixo). Já em relação ao trimestre móvel terminado em abril, o recuo foi ainda maior, de 0,8 ponto percentual. No entanto, frente ao mesmo trimestre de 2016, a taxa continua 1,2 ponto percentual maior, quando o desemprego estava em 11,6%.

A taxa de desemprego é medida pelo IBGE por meio de uma média móvel trimestral, ou seja, de três meses, portanto, o dado de julho se refere ao período de maio a julho. O instituto divulga a taxa mensalmente.

Comparação anual
Em relação ao trimestre terminado em julho de 2016, Azeredo destacou o aumento de 683 mil pessoas no contingente ocupado no setor de alojamento e alimentação. Segundo ele, esse incremento está diretamente relacionado às pessoas que passaram a vender comida. “Ainda que essa comida seja muitas vezes comercializada em esquina, a produção dela é em casa”, disse.

Ainda na comparação anual, a pesquisa aponta queda expressiva nos grupamentos de agricultura (-749 mil) e construção (-623 mil). “A gente sabe da safra recorde que ocorreu, mas vamos ter que esperar outros resultados da PNAD para entender o que aconteceu na agricultura. Já na construção, essa redução já vem acontecendo desde o início da crise, só que é um grupamento que depende de investimento. Ele depende que as pessoas se sintam seguras para investir. Por isso que se observa tantos canteiros de obras parados”, explicou o pesquisador.

De acordo Azeredo, foi a primeira vez desde outubro de 2015 que a população ocupada não caiu, ou seja, ficou estável na comparação anual. E a taxa continua sendo, para o trimestre terminado em julho, a maior da série.

Massa salarial
A massa salarial recebida pelas pessoas ocupadas no trimestre terminado em julho foi de R$ 186,1 bilhões. Comparada com o trimestre terminado em abril, a massa subiu 1,3%, mas ficou estável em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

O montante representa a quantidade de dinheiro em circulação na economia cuja origem são os salários das pessoas que estão empregadas.

Cimar Azeredo destacou que desde o trimestre terminado em outubro de 2014, a massa de rendimento real não apresentava variação positiva significativa na comparação trimestral. “Esse movimento pode fazer o mercado de trabalho entrar num círculo venturoso. Porque isso vai mexer com o consumo, mexer com os gastos. Ou seja, vai ter mais dinheiro circulando”, apontou Azeredo.

Nível de ocupação e força de trabalho
O nível da ocupação - indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - foi estimado em 53,8% no trimestre de maio a julho - avanço de 0,6 ponto percentual frente ao trimestre terminado em abril (53,2%). Já em relação ao mesmo trimestre de 2016 (54,4%), houve retração de 0,5 ponto percentual.

O contingente na força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimado em 104 milhões de pessoas, elevação de 0,7% (mais 718 mil pessoas), quando comparada com o trimestre de fevereiro a abril. Frente ao mesmo trimestre de 2016 o aumento foi de 1,6% (acréscimo de 1,7 milhão de pessoas).

A população fora da força de trabalho foi estimada em 64,4 milhões de pessoas, estável nas duas bases de comparação.

(Fonte: G1)