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JAC: chineses aumentam aporte de capital na Bahia

Publicado: 08 Abril, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Pela segunda vez, a fabricante chinesa JAC Motors aumentou sua participação na fábrica que vem construindo com o empresário Sérgio Habib, do Grupo SHC, no Polo Industrial de Camaçari (BA). Dos 20% iniciais, a fabricante já havia elevado o capital para 34% e agora passou a 66%.

“A mudança foi necessária porque eu estava tendo dificuldade de obter financiamento, pelos custos elevados de maquinários que, se comprados aqui, teriam de ter maior conteúdo local e valores mais altos”, explica Habib. O investimento total previsto se mantém em R$ 1 bilhão, com capacidade anual de 100 mil carros.

“Os chineses podem comprar esses equipamentos onde for melhor, seja da própria China ou da Coreia do Sul, por exemplo. É uma forma de acelerar o miolo da fábrica”, diz Habib. Ficou claro, então, que a mudança da inauguração do fim de 2014 para “meados de 2015” (leia aqui) não ocorreu apenas pelo atraso no licenciamento ambiental e período de chuvas, mas também por falta de dinheiro para tocá-la pelos planos iniciais.

Sérgio Habib garante que a mudança não afeta sua capacidade de pleitear e obter mudanças e adequações aos carros que vêm da China: “De qualquer maneira, eu cuidaria da parte comercial desde o início”, diz. O projeto do primeiro carro que sairá da linha de montagem de Camaçari já está pronto. Foi desenhado para o mercado brasileiro a partir da plataforma do J3. Um dos motores definidos é um 1.0 flex de três cilindros.

Como ocorreu com outras empresas dependentes de carros importados, as vendas da JAC caíram. A companhia perdeu dez concessionárias em um ano. Em abril de 2013 havia 70, número revisado para 60 durante o lançamento da linha J3 equipada com motores 1.5 Jet Flex (veja aqui).

Os emplacamentos da JAC tiveram uma queda importante. No primeiro trimestre a empresa vendeu 2,7 mil unidades, 36,5% a menos que no mesmo período do ano passado. Até o fim do ano a futura fabricante terá novos modelos para atrair de volta os consumidores à rede.

“Em três meses começam a chegar as versões flex do J2 e da minivan J6. Depois virá o utilitário esportivo T6”, afirma Habib. Não há previsão de lançamento do motor bicombustível no sedã médio J5, apesar de seu propulsor 1.5 a gasolina ter dado origem ao Jet Flex dos novos J3. O motivo seria a falta de cota suficiente para aumentar o volume desse modelo.

A empresa pode trazer por ano apenas 4,8 mil carros livres dos 30 pontos extras de IPI, cobrados sobre veículos importados provenientes de fora do Mercosul e México, com os quais o Brasil tem acordos de livre comércio.

(Fonte: Automotive Business)