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Jaraguá do Sul (SC): inaugurada subsede do sindicato dos metalúrgicos em Guaramirim

Publicado: 10 Agosto, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Subsede Subsede
Silvino (esq.): subsede vai contribuir para maior aproximação da categoria com o Sindicato

O Sindicato dos Metalúrgicos de Jaraguá do Sul e Região (SC) inaugurou no último dia 4, a subsede em Guaramirim, que vai atender os trabalhadores da categoria que moram nesse município e também os de Schroeder e Massaranduba. O atendimento começou no dia 7 e a administração da subsede é feita pelo diretor Marcondes Frontório. “Os trabalhadores são os grandes responsáveis pela construção da subsede”, afirmou o sindicalista na inauguração, lembrando que a subsede era um desejo antigo da diretoria do Sindicato para poder aprimorar o atendimento aos metalúrgicos.

O prédio é dotado de salas amplas, auditório com capacidade para 140 pessoas, estacionamento amplo e acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. São dois pavimentos com espaço para atendimento odontológico, jurídico, homologação de rescisões, cozinha ampla e banheiros. A intenção, segundo o presidente do Sindicato, Silvino Volz, é “promover a aproximação do Sindicato com os trabalhadores e trabalhadoras de Guaramirim, Schoreder e Massaranduba, que são bastante numerosos e merecem esse atendimento”.

O diretor Vilmar Garcia, que participou dos primeiros debates sobre o projeto da subsede lembrou que foram os próprios metalúrgicos de Guaramirim a reivindicarem o espaço, construída com recursos próprios. “O dinheiro dos trabalhadores foi empregado em prol dos trabalhadores”, ressaltou.

Prestígio e reconhecimento
A inauguração da subsede contou com as presenças de lideranças sindicais de Jaraguá do Sul e de outros estados. Todos lamentaram a situação atual que o país vive com a retirada de direitos e a tentativa de enfraquecimento do movimento sindical, promovidas pelo governo ilegítimo de Michel Temer, e destacaram que a ordem agora é resistir e lutar para derrubar as antirreformas e resgatar a dignidade dos trabalhadores, que são os verdadeiros produtores da riqueza do país.

Crédito: Divulgação
LoricardoLoricardo
Para Loricardo (microfone), resistência a ataques tem que envolver jovens trabalhadores


“Sangue nos olhos”
O secretário geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), Loricardo Oliveira, lembrou que o Brasil se encaminha para uma nova escravidão. “Aqui não temos política industrial, os salários são baixos e nem a ditadura militar foi tão longe na destruição dos direitos trabalhistas e civis”. Para ele, o desafio é a organização e o enfrentamento, que devem vir principalmente dos jovens trabalhadores dentro das fábricas. “O Brasil tem hoje 20 milhões de trabalhadores na indústria e devemos contar com eles para reverter o ataque aos nossos direitos. Agora é sangue nos olhos”, enfatizou Loricardo.

A presidente do Sindicato dos Comerciários de Jaraguá do Sul e Região, Ana Roeder, também citou a reforma trabalhista e a necessidade urgente de articulação e reação do povo trabalhador. “Tiraram 117 direitos da CLT e quando o povo se levantar, o governo cai”. Ana representou a Intersindical de Jaraguá do Sul e salientou a importância dos sindicatos, “necessários até para assinar a liberação do seguro desemprego".

Para o diretor de formação da CUT/SC, Vilmar Osovski, a disputa é de classe e a classe trabalhadora tem que saber quem é o “inimigo”. A opinião também foi partilhada pelo presidente da Federação dos Metalúrgicos de Santa Catarina, Ewaldo Gramkow, para quem o momento é de resistência e de enfrentamento. Ele lembrou os 100 anos da primeira greve geral no país, quando os trabalhadores conquistaram a redução da jornada de trabalho, que era de 16 horas por dia. “Temos que começar tudo de novo”.

Campanha salarial
Na solenidade, Silvino Volz adiantou que em breve a categoria inicia a campanha salarial, justamente no momento em que a antirreforma trabalhista entra em vigor e os índices anunciados de inflação são duvidosos. “A reforma trabalhista foi feita sem a participação dos trabalhadores, sem diálogo. Foi feita nos gabinetes para atender o capital”, recordou Silvino, dizendo esperar que haja uma resposta da sociedade. “Todas as categorias estão sendo desafiadas nessa nova conjuntura. Tudo o que é possível nós sempre vamos fazer”, finalizou.

Crédito: Divulgação
Nova subsedeNova subsede
Subsede assegurou acessibilidade a pessoas com deficiência


(Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Jaraguá do Sul)