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Em encontro, metalúrgicos brasileiros criam Rede Sindical da John Deere

Publicado: 14 Abril, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
João Cayres em Assembleia na porta da fábricaJoão Cayres em Assembleia na porta da fábrica
Cayres (microfone) em assembleia na porta da planta de Catalão

Começou hoje (14) o 1º Encontro Nacional dos Trabalhadores na John Deere, em Catalão (GO). O evento tem o objetivo criar a Rede Sindical dos Metalúrgicos na multinacional e traçar estratégias de ação para diminuir as desigualdades existentes nas relações de trabalho nas fábricas instaladas nos diferentes estados brasileiros. A atividade, que termina nesta terça (15) é organizada pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Força Sindical e sindicatos que têm em sua base unidades da empresa.

A empresa norte-americana é uma das maiores fabricantes de máquinas agrícolas. Hoje, a John Deere possui 160 fábricas em mais de 100 países, sendo cinco plantas no Brasil: em Horizontina (RS), Montenegro (RS), Catalão (GO), Campinas (SP), Uberlândia (MG), além do e escritório regional da América Latina em Indaiatuba (SP). No total, tem aproximadamente quatro mil funcionários no país.

Participam do encontro trabalhadores e dirigentes dos Sindicatos dos Metalúrgicos de Montenegro, Horizontina e Catalão. No primeiro dia do encontro, o grupo participou uma assembleia na porta da fábrica, para o lançamento da campanha salarial de 2014. 

Presente no evento, o secretário geral e de Relações Internacionais da CNM/CUT, João Cayres, ressaltou que as Redes Sindicais são importantes para não precarização das condições de trabalho. “É uma estratégia de organização sindical que vem crescendo em função da globalização. Por meio delas, é possível debater e obter soluções coletivas, que seriam difíceis de serem atingidas pelos trabalhadores em uma única planta. Além disso, as Redes são canais para estalbelecer um diálogo permanente com a empresa e para criar um padrão nacional de direitos dos trabalhadores do grupo”, informou. Cayres lembrou ainda que a organização dos metalúrgicos em redes sindicais é uma das principais bandeiras de atuação da CNM/CUT. 

Entre as atividades do primeiro dia do encontro, os participantes trocaram informações sobre a atuação da empresa no Brasil, mapearam os principais problemas em cada planta da empresa e as desigualdades praticadas entre as unidades e fizeram uma análise da conjuntura nacional do setor e do grupo John Deere. Nesta terça, o grupo vai elaborar o plano de ações da Rede Sindical para este ano.

Crédito: CNM/CUT
Carlos Albino, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão, e João CayresCarlos Albino, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão, e João Cayres
Carlos Albino, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão, e João Cayres

 

Encontro da Rede Weg
E também nesta terça-feira (15) tem início o 3º encontro da Rede Nacional de Trabalhadores na Weg, em Jaguará do Sul (SC). O evento, que segue até quarta (16), é anual e reúne representantes dos sindicatos de  trabalhadores nas plantas da Weg para discutir temas relacionados às condições de trabalho e buscar a criação de um processo de negociação permanente entre a rede sindical e a direção das empresas.

A Rede Sindical dos Trabalhadores na Weg é uma das cinco de projeto desenvolvido em parceria entre a DGB Bildungswerk, maior Central Sindical de Trabalhadores da Alemanha, a CUT e o Instituto Observatório Social (IOS), com apoio das Confederações Nacionais dos Metalúrgicos (CNM/CUT) e dos Químicos (CNQ) da CUT. Esta rede é a primeira a unir trabalhadores metalúrgicos e químicos.

A Weg é uma multinacional brasileira fabricante de motores elétricos e tintas, fundada em 1961. Possui 26 plantas no mundo, sendo 17 no Brasil e outras nove espalhadas pelos demais continentes (Ásia, Europa, Américas do Sul e do Norte). As plantas brasileiras estão localizadas em Manaus (AM), Linhares (ES), Cabo de Santo Agostinho (PE), Gravataí (RS), Guaramirim (SC), Blumenau (SC), Itajaí (SC), São José (SC), Joaçaba (SC), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Mauá (SP) e Monte Alto (SP)

(Fonte: Shayane Servilha - assessoria de imprensa da CNM/CUT)