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Kia adere ao Inovar-Auto como importadora

Publicado: 01 Abril, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A Kia Motors do Brasil está inscrita, enfim, como importadora no programa Inovar-Auto. A partir de abril a empresa passa a ter direito à cota máxima de 4,8 mil unidades por ano sem a sobretaxação de 30 pontos percentuais extras no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A portaria do MDIC de número 56 foi publicada na segunda-feira (31) no Diário Oficial da União.

“Para uma empresa que comercializou média anual de 52 mil unidades entre 2010 e 2012, a cota máxima de 4,8 mil unidades por ano não será suficiente, mas certamente vai contribuir muito para que 2014 seja mais alentador”, analisa o presidente da Kia do Brasil, José Luiz Gandini.

Para que a importadora volte a ter competitividade, 6 mil unidades do Bongo produzidas no Uruguai, dentro do regime do Mercosul (e portanto também sem os 30 pontos extras no IPI), serão contabilizadas em 2014. Nas estimativas para este ano, Gandini espera crescimento de 3% sobre os volumes de 2013, ou cerca de 30 mil veículos.

“Para chegarmos a essa projeção, contaremos com a cota de 4,8 mil unidades (sul-coreanas) e 6 mil do Bongo, estes sem a alta de 30 pontos percentuais no IPI, mais cerca de 20 mil unidades com o IPI diferenciado”, estima Gandini.

Segundo o importador oficial, a Kia Motors do Brasil não havia aderido ao Inovar-Auto em 2012 (ano em que o programa foi instituído) porque, na condição de importadora e distribuidora, não poderia atender os requisitos mínimos do programa. “Sem o comprometimento jurídico da montadora sul-coreana, não teria como sustentar nosso compromisso com o governo brasileiro em outubro de 2017, quando todas as montadoras e importadoras precisarão comprovar a redução de emissões”, argumenta Gandini.

Outro cenário é a série de lançamentos que a Kia Motors deve fazer ao longo de 2014. Os dois primeiros já estão definidos, o sedã de luxo Quoris em maio e o novo Soul (segunda geração) em junho. Outros, no entanto, como o do Cerato hatch, a nova Carens e o Cerato Koup, estão adiados pela impossibilidade de praticar preços competitivos.

“De qualquer maneira, agora temos mais alternativas. Com a cota, poderemos direcionar os benefícios fiscais para produtos em alto volume ou para os de nicho, mas sempre em condições igualitárias em relação aos principais concorrentes”, enfatiza Gandini.

(Fonte: Automotive Business)