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Metalúrgicos começam organizar Rede Sindical Nacional na Usiminas

Publicado: 23 Julho, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
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Participantes do encontro. Freitas (2º à dir.) falou dos desafios das Redes

Mais uma rede sindical de metalúrgicos começa a ser articulada: a dos trabalhadores na Usiminas. Para isso, foi realizado nesta terça-feira (22) encontro de representantes de quatro bases sindicais onde há plantas da empresa siderúrgica: Ipatinga e Belo Horizonte (MG), Taubaté (SP) e Porto Alegre (RS).

A reunião foi feita na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), em São Bernardo do Campo (SP) e o objetivo foi o de trocar experiências sobre a realidade vivida pelos metalúrgicos nas plantas da empresa e começar a construir a Rede Nacional de Trabalhadores na Usiminas.

O encontro foi acompanhado pelo secretário de Organização da CNM/CUT, Ubirajara de Freitas, que é o responsável da entidade pela política de Redes Sindicais. Ele fez um relato sobre as Redes já estruturadas na categoria e os desafios para a sua implantação.

Crédito: CNM/CUT
Paulão (esq.) e João Paulão (esq.) e João
Paulão e João (ambos ao centro) destacaram importância da organização


Na abertura da reunião, o presidente da Confederação, Paulo Cayres, destacou que a organização dos metalúrgicos em redes sindicais é uma das políticas mais importantes da entidade. “As Redes Sindicais são um instrumento importante da nossa luta pelo Contrato Coletivo Nacional de Trabalho”, assinalou o presidente da CNM/CUT, lembrando que trabalhadores de plantas diferentes de uma mesma empresa, embora tenham a mesma qualificação, têm salários e direitos diferentes. Por isso, reforçou o sindicalista, as Redes são fundamentais para a luta contra a desigualdade.

Já o secretário geral e de Relações Internacionais, João Cayres, reforçou o papel das redes sindicais para a troca de informações, o apoio e a solidariedade às lutas locais e o reforço que esses instrumentos de organização podem dar também às negociações que os sindicatos fazem em suas bases. “Conquistas de uma base sindical servem de referência para outras que abrigam plantas de uma mesma empresa ou fábricas do mesmo segmento industrial”, completou.

Setor siderúrgico e Usiminas
Para subsidiar o debate dos participantes, os técnicos das Subseções do Dieese da CNM/CUT e do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, André Cardoso e Igor Pinheiro, apresentaram indicadores sobre o setor siderúrgico e a Usiminas.

De acordo com eles, o setor siderúrgico e de metalurgia tem 761.629 trabalhadores no país. Nesse segmento, há a terceira maior rotatividade de mão de obra, na ordem de 46,5% (os com maior rotatividade são os setores de máquinas e equipamentos, com 62,3%, e o naval, com 51,8%).

Já a Usiminas é a segunda maior produtora de aço do país, com 20,73% do total. A primeira é a Gerdau, responsável por 23,7% da produção.

Segurança
Durante o evento, os metalúrgicos das quatro plantas da Usiminas trocaram informações sobre negociações, relação com a empresa, a atuação sindical, acidentes de trabalho, entre outros assuntos.

A luta por condições seguras de trabalho nas unidades da empresa é uma das principais travadas em todas as bases. Os representantes de Ipatinga lembraram que só em 2013, três metalúrgicos morreram em acidentes de trabalho na unidade da siderúrgica da cidade.

Ao final do encontro, os participantes decidiram encaminhar a criação da Rede Sindical dos Trabalhadores na Usiminas e vão articular junto às direções das entidades de base os mecanismos de apoio a este novo instrumento de organização dos metalúrgicos.

Ao final desse processo, será realizado um novo encontro, a princípio marcado para fevereiro de 2015.

(Fonte: Solange do Espírito Santo - assessoria de imprensa da CNM/CUT)