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Em encontro, CNM/CUT debate indústria automotiva no Brasil e propõe redes sindicais

Publicado: 01 Novembro, 2019 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
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Entender as condições dos trabalhadores do setor automotivo, por meio de redes sindicais agora é uma meta da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT). Em encontro realizado nesta quinta-feira (31), na sede da entidade, em São Bernardo do Campo (SP), trabalhadores de diversas regiões do Brasil definiram criação e retomada das redes com objetivo de que as comissões de fábricas de uma mesma montadora, mas de plantas diferentes, se unam para atuar em conjunto na luta por direitos.

A proposta foi feita em meio ao debate do encontro que pautou o atual cenário da indústria automobilística do país, hoje marcado pela perda de força, capacidade, desempregos, mudanças drásticas em decorrência da estagnação econômica do Brasil. 

“Acho que, com exceção de Santa Catarina, que está indo melhor na economia, no restante do Brasil é fechamento de fábricas e produtoras de autopeças que dependem dessas montadores diminuíram a produção, seja pela crise na Argentina ou qualquer outro tipo de problema, com demissões, ataques aos direitos dos trabalhadores, e o governo que também acaba não ajudando, tirando mais direitos”, elenca o dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Kleber Ferreira Nunes. 

Durante o encontro também foi debatida a transição de programas de incentivo à produção automotiva, como o extinto Inovar-Auto e o atual Rota 2030, criticado por igualar as produtoras do país com as importadoras, desestimulando as montadoras a nacionalizar as peças, o que retira a garantia de continuidade da produção brasileira e, de acordo com economistas e dirigentes, constitui mais um entrave para o desenvolvimento e a retomada de empregos. “A gente precisa compreender e unificar a luta de todos os trabalhadores para que todo mundo tenha os mesmos direitos e condições”, destaca Nunes.

(Fonte: Rede Brasil Atual)