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Metalúrgicos da CUT discutem estratégias de fortalecimento das Redes Sindicais

O 2º módulo do Programa de formação da CNM/CUT aconteceu em Cajamar (SP) nos dias 6 e 7 de fevereiro.

Publicado: 08 Fevereiro, 2018 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
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Atividade teve participação dos coordenadores de redes sindicais em empresas metalúrgicas

Foi realizado nesta terça e quarta-feira (6 e 7) o segundo módulo do Programa de Formação “Ação Internacional e o Fortalecimento das Redes Sindicais”. A atividade, que aconteceu em Cajamar (SP), é destinada para os coordenadores de redes sindicais em empresas metalúrgicas.

O curso é promovido pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), em parceria com a Fundação Friedrich Ebert (FES).

Ao longo dos dois dias, os participantes debateram a conjuntura política e econômica do Brasil, internacional e da América Latina, além de estratégias para fortalecer as redes sindicais de empresas.  Para ajudar nas discussões, houve painéis com especialistas, como a professora doutora Tatiana Berringer da UFABC (Universidade Federal do ABC), Marino Vani, representante da IndustriAll para América Latina, a técnica da subseção do Dieese Cristiane Ganaka.  

Crédito: CNM/CUT
Análise de conjuntura foi feita pela professa da UFABC Tatiana Análise de conjuntura foi feita pela professa da UFABC Tatiana
Análise de conjuntura foi feita pela professa da UFABC Tatiana Berringer 

Em sua análise, Tatiana destacou a derrota dos governos de esquerda na América Latina e os impactos na vida dos trabalhadores no continente. “A derrubada de lideranças progressistas destruiu os empregos de qualidade, retirou direitos sociais e trabalhistas. No Brasil, por exemplo, este governo ilegítimo acabou com o legado de Getúlio Vargas e das luta de todo o povo brasileiro quando colocou em pauta a Reforma Trabalhista”, disse.  

Ainda segundo ela, é preciso reorganizar uma nova esquerda para a retomada do crescimento econômico e social do país. “A discussão de capital trabalho é fundamental, mas não é única. Precisamos incluir neste debate as contradições de gênero, raça e juventude. Precisamos incorporar estes temas tendo em vista as transformações ocorridas no mundo do trabalho.” 

"Todos os níveis de organização dos trabalhadores são fundamentais para combater o capitalismo selvagem das transnacionais. Por isso, A organização e consolidação de redes sindicais nas empresas multinacionais são decisivas para a política sindical global", completou o secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Maicon Vasconcelos.

Crédito: CNM/CUT
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Secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Maicon Vasconcelos, coordenou encontrou

IndustriALL
Por teleconferência, Marino Vani tirou dúvidas sobre a estrutura da IndustriALL, entidade internacional que representa os trabalhadores metalúrgicos, químicos e têxteis em todo o mundo. “Um dos caminhos para combater o trabalho precário é organizar os trabalhadores nas transnacionais através dos seus respetivos sindicatos”, contou. “O Macrossetor da Indústria da CUT (MSI), composto por metalúrgicos, químicos, têxteis e trabalhadores na construção e na alimentação, é outra ferramenta importante para unificar as lutas dos trabalhadores”, completou.

Novo Sindicalismo
Para conhecer, refletir e analisar a história da estrutura sindical brasileira relacionando-a aos desafios atuais do mundo do trabalho, a técnica do Dieese apresentou um breve histórico do sindicalismo no país.

“Essa dinâmica de montar a linha do tempo com os participantes coloca o olhar do trabalhador na história. Em todas as datas históricas eles conseguiram inserir a classe trabalhadora como protagonista”, afirmou. 

Coletivos CNM/CUT
Já na tarde do segundo dia do encontro, a secretária de Igualdade Racial da CNM/CUT, Christiane dos Santos, lembrou do processo de construção do Coletivo que coordena, por meio do curso “Combate ao Racismo para a Construção da Igualdade Racial”, que sensibilizou as entidades de metalúrgicos cutistas para o tema, a partir da troca de experiências e da formação teórica.

Crédito: CNM/CUT
Christiane explicou política dos Coletivos da ConfederaçãoChristiane explicou política dos Coletivos da Confederação
Christiane explicou política dos Coletivos da Confederação

“A criação do Coletivo foi diferente porque teve tem o intuito de debater e elaborar propostas para superação do racismo no mundo do trabalho e na sociedade. Somos mais um instrumento para combater o racismo e é um compromisso do movimento sindical lutar pela igualdade, principalmente, na questão racial.”

(Fonte: Shayane Servilha, assessoria de imprensa da CNM/CUT)