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Metalúrgicos da CUT São Paulo aprovam por unanimidade eixos da Campanha Salarial 2017

Publicado: 05 Junho, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Adonis Guerra/ SMABC
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Assembleia aconteceu na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC 

Reunidos em São Bernardo do Campo, cerca de 200 metalúrgicos aprovaram por unanimidade, na manhã do último sábado (3) os eixos centrais que vão nortear a campanha salarial 2017. Com o slogan “Resistência, Unidade e Luta”, a campanha celebra em sua identidade visual os 100 anos da Revolução Russa e os 100 anos da primeira Greve Geral no Brasil.

Os cinco eixos prioritários são 40 horas semanais; reposição da inflação e aumento real; não à perda de direitos, não à terceirização; não às reformas. “Os eixos da campanha ilustram bem o momento que estamos vivendo”, aponta Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, presidente da Federação dos Metalúrgicos da CUT São Paulo (FEM-CUT/SP), lembrando a grave crise econômica em que o Brasil se encontra, além das reformas que estão tramitando no Congresso Nacional.

A Plenária Estatutária da entidade também aprovou o calendário para a Campanha Salarial de 2017. Os participantes debateram a conjuntura nacional política e econômica e também as cláusulas que serão discutidas com o patronal durante o período de campanha. “Sempre soubemos da importância das cláusulas sociais e este ano daremos ainda mais centralidade para ela para combater a retirada de direitos”, destaca Luizão.

A plenária estatutária, que aconteceu no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, contou com a participação de João Cayres, secretário geral da CUT/SP, Loricardo de Oliveira, secretário geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Fausto Augusto Junior, do Dieese e Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos no governo Lula.

Conjuntura
Paulo Vannuchi relembrou que a crise que o país está colocado foi agravada pelo rompimento institucional com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “O impeachment da presidenta Dilma rompeu com a institucionalidade e isso é muito prejudicial, já que abre precedentes para que em qualquer crise econômica a solução seja o impedimento presidente de governar, fragilizando ainda mais a democracia”. Para Fausto Augusto Junior a reforma trabalhista é a mais prejudicial para os trabalhadores. “Temos dificuldade em dialogar com a população sobre a reforma trabalhista porque o que está sendo propagandeado pela grande imprensa é que ela vai acabar com o imposto sindical, o que agrada a população, porém não é divulgada o fim dos direitos e a precarização ainda maior que será causada caso ela seja aprovada”.

Resgate Histórico
A Campanha Salarial 2017 “Resistência, Unidade e Luta”, traz em sua identidade visual o resgate do Construtivismo Russo, linguagem estética e artística usada durante o período revolucionário russo para dialogar com a população através de cartazes e panfletos. Além de homenagear os 100 anos da Revolução Russa, o objetivo é resgatar o histórico de organização dos trabalhadores para a tomada do poder e o avanço dos direitos da classe contra a exploração do capitalismo.

Em 1917, no Brasil, também aconteceu a primeira greve geral do país. A Campanha Salarial 2017 da FEM-CUT/SP também celebra os 100 anos desta greve. “100 anos depois da Greve de 1917 construímos a maior greve geral da história do Brasil. Em um momento como esse que vivemos, de ataques concretos contra nossos direitos é importante resgatar os diversos momentos de resistência da classe trabalhadora”, explica Luizão.

(Fonte: Federação dos Metalúrgicos da CUT São Paulo)