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Metalúrgicos debatem protagonismo dos representantes dos trabalhadores na política

Coletivos de Juventude, Igualdade Racial, Formação, Saúde e Mulheres da CNM/CUT estão reunidos em Cajamar (SP) e hoje (14), discutiram importância das eleições de 2016.

Publicado: 14 Junho, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
Coletivo Coletivo
Coletivos de Igualdade Racial, Mulheres, Saúde, Juventude e Formação reunidos em Cajamar (SP) 

Nesta terça-feira (14), os Coletivos Nacionais de Mulheres, Igualdade Racial, Formação, Juventude e Saúde da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) se reuniram para o último encontro do ano e discutiram estratégias de atuação articulada da categoria metalúrgica nas eleições municipais que acontecem em outubro. 

A atividade, que acontece no Instituto Cajamar (SP) e se estende até quinta-feira (16), reúne 94 trabalhadores no total, representando federações e sindicatos de base estaduais da categoria.

A mesa de debate teve a participação de Jandyra Uehara, secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT, e de Rosi Matos, ex-diretora da CNM/CUT e vereadora do PT em Manaus. O secretário de Saúde da CNM/CUT, Ricardo Ferreira, mediou o debate.

Jandyra fez uma análise de conjuntura política e destacou a necessidade de diálogo com toda a sociedade por parte dos candidatos que representam os direitos dos trabalhadores, nas eleições deste ano  que escolherão prefeitos e vereadores. “Será uma eleição extremamente difícil porque as questões no governo federal vão refletir nas eleições do fim do ano. Os nossos candidatos terão que ter a capacidade de fazer o debate nacional em sua campanha. Com um diálogo politizado com a população iremos ter importantes vitórias políticas pelo país”, afirmou.

Crédito: CNM/CUT
Rosi (microfone), Ricardo Ferreira e Jandyra na mesa de debate sobre representação política dos trabalhadoresRosi (microfone), Ricardo Ferreira e Jandyra na mesa de debate sobre representação política dos trabalhadores
Rosi (microfone), Ricardo Ferreira e Jandyra na mesa de sobre representação política dos trabalhadores


A dirigente também criticou o governo golpista ilegítimo de Michel Temer, que propõe medidas amargas para a população. “Este golpe não é contra a Dilma ou contra o PT, mas contra toda a classe trabalhadora. Este retrocesso político e econômico está acompanhado de ataquea aos direitos básicos, como a saúde e educação”, avaliou.

Já Rosi apresentou sua trajetória de vida até conquistar o cargo como vereadora de Manaus (AM) pelo Partido dos Trabalhadores, em 2012. A sindicalista destacou-se nas lutas da categoria principalmente pelo direito à creche para as crianças e a participação nos lucros e resultados aos trabalhadores do Polo Industrial de Manaus (PIM). “Cheguei até aqui por conta da união dos trabalhadores da cidade. Precisamos ter representatividade na política para colocarmos nossa pauta em destaque e assim conquistar e fortalecer nossos direitos”, disse.

Outra bandeira de luta defendida pela ex-sindicalista são os direitos das mulheres no mundo do trabalho e na sociedade. “Eu fui a primeira mulher metalúrgica que se elegeu como vereadora. Hoje, minha atuação é direcionada às mulheres, porque sei das dificuldades que temos para ocupar e ser protagonista nos espaços de poder. Este empoderamento feminino é necessário para que toda a sociedade seja realmente representada”, finalizou.

Nos próximos dias, os coletivos irão discutir suas demandas específicas separadamente. 

Abertura
Pela manhã, o encontro foi aberto pelo presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, e pelos secretários da Confederação Marli Melo (Mulheres), Christiane dos Santos (Igualdade Racial), Ricardo Ferreira (Saúde), Silvio Ferreira (Juventude) e Michelle Marques (Formação).

Para Marli, o encontro é um momento importante para debater a atual conjuntura política brasileira. “Temos uma secretária de Mulheres no governo ilegítimo e golpista que não nos representa, e muito menos, este presidente”, disse.

“Este governo não tem representatividade de mulheres, negros e jovens. Aqui temos um grupo de dirigentes comprometidos com a luta, com a organização dos trabalhadores. Temos que sair deste encontro mais fortes para a luta em defesa dos nossos direitos”, completou Christiane.

Já Ricardo destacou a importância do tema saúde no mundo do trabalho e em toda a sociedade. “A saúde será a primeira vítima deste governo golpista. O SUS (Sistema Único de Saúde), que foi uma conquista para todos os brasileiros, pode ser extinto. Eles querem precarizar as condições mínimas de vida”, contou.

Crédito: CNM/CUT
Cayres (microfone) Cayres (microfone)
Cayres (microfone) e os secretários Marli, Christiane, Ricardo, Silvio e Michelle


Em sua intervenção, Silvio afirmou que após o golpe a classe trabalhadora vive um dos momentos mais difíceis. “Com a vigência de um governo golpista temos desafios que este grupo deve enfrentar junto com os trabalhadores da base. Nestes dias, vamos discutir as pautas da classe trabalhadora para encarar os golpistas”, disse.  

“Por isso, a formação será importante para enfrentar este momento. Precisamos aprofundar algumas questões políticas para esclarecer os trabalhadores da base sobre a atual conjuntura política”, completou Michelle.

Cayres finalizou destacando o acirramento da luta de classes a partir da eleição do ex-presidente Lula. “Hoje, os desafios dos sindicalistas são muito maiores. A direita conservadora e privilegiada tenta nos destruir pelos nossos acertos. Incluímos 40 milhões de pessoas na sociedade, os negros ocuparam as universidades, as domésticas passaram a ter direitos e os pobres passaram a estar em espaços que antes eram apenas para ricos”, lembrou, ressaltando o papel das lideranças sindicais para conscientizar os trabalhadores sobre o retrocesso que os golpistas querem impor ao Brasil.

(Fonte: Shayane Servilha - Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)