Metalúrgicos decidem hoje em votação se aceitam propostas da CSN

Depois de mais uma rodada de negociação entre o Sindicato dos Metalúrgicos e representantes da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), foi decidido que os trabalhadores irão decidir hoje, em votação secreta, se aceitam as propostas oferecidas pela empresa para o Acordo Coletivo 2008. A votação vai ser realizada das 7 às 17h30min, na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília. A reunião entre o sindicato e empresa aconteceu no Hotel Bela Vista e durou cerca de uma hora e meia.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Renato Soares, a reunião de ontem não foi tão diferente das demais e teve poucas novidades. Segundo ele, além de manter a proposta de pagar a reposição integral do INPC, que está sendo estimado em 5,7% de maio de 2007 a abril de 2008 - produtividade, e passar o atendimento da creche para os filhos de metalúrgicos de quatro para cinco anos, como alterar o atendimento no plano de saúde para os filhos do sexo masculino de 18 para 21 anos, a empresa só apresentou uma novidade na questão da alimentação. O cartão de alimentação custará R$ 50 para cada trabalhador, sendo que 45% dos custos ficarão para a CSN e o restante para o empregado.

Segundo o presidente do sindicato, como vê que as propostas não são favoráveis aos trabalhadores, ele vai propor à categoria que não aceite. Para Renato Soares, uma empresa que vem batendo recorde em produção e faturando bilhões de lucros deveria pensar mais nos trabalhadores. Renato garantiu que o sindicato não está agindo com autoritarismo como acredita a empresa. Ele garantiu que está apenas lutando em prol dos trabalhadores e que não irá permitir a participação de gerentes na votação de hoje. "Não somos radicais. Quando a CSN fala que não aceitamos nada, não é verdade. Só recusamos aquilo que temos certeza que os empregados não irão aceitar", declarou Renato, ressaltando que até o momento nada que a empresa oferecer irá atender as expectativas da categoria. "Vamos orientar para que os trabalhadores recusem essa proposta", completou, lembrando que em comum acordo entre sindicato e CSN, a discussão do Acordo Coletivo foi prorrogada até o próximo dia 30. Segundo o sindicalista, só se pode falar em outra rodada de negociação depois do resultado da votação de hoje.

Fonte: A voz da cidade