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Metalúrgicos do Rio Grande do Sul fazem intercâmbio no ABC paulista

Publicado: 24 Novembro, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
Metalúrgicos Metalúrgicos
Trabalhadores deram início ao intercâmbio na sede da CNM/CUT

Começou na manhã desta segunda-feira (24) intercâmbio sindical para os metalúrgicos da CUT do Rio Grande do Sul. O objetivo do encontro é trocar experiências, conhecer a organização sindical dos trabalhadores de São Paulo e debater os desafios da categoria no Brasil. Cerca de 30 participantes iniciaram a programação na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), em São Bernardo do Campo (SP), onde conheceram o plano de ação da entidade e conversaram sobre suas expectativas em relação à atividade.

O presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, deu boas-vindas aos metalúrgicos gaúchos e falou sobre a importância do intercâmbio que serve, entre outras coisas, para ter contato com as experiências de organização dos trabalhadores no chão de fábrica do ABC, por meio dos Comitês Sindicais de Empresa (CSEs). "A solidariedade cutista é marca de nossa Confederação. Por isso, nos colocamos à disposição para continuar com a política de intercâmbio com qualquer sindicato filiado à central. O Sindicato do ABC não é um modelo único de representação sindical, mas um exemplo que pode ser seguido e aprimorado para novas formas de representações sindicais", disse.

O intercâmbio, que se estende até quinta-feira (27), é organizado pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT/RS, em parceria com a CNM/CUT. Estão participando representantes dos sindicatos de Canela, Canoas, Erechim, Horizontina, Porto Alegre e São Leopoldo.

No encontro que deu início à atividade, o secretário geral e de Relações Internacionais da CNM/CUT, João Cayres, explicou a estrutura sindical da CUT no país e o papel das redes sindicais como um importante espaço para o debate e a elaboração de propostas dos Acordos Marco Globais (AMG’s). “As redes favorecem o intercâmbio de informações e comparações das condições de trabalho entre diferentes plantas da mesma empresa. Os AMG’S são uma consequência das redes sindicais e instrumento para a construção de um Contrato Coletio Nacional de Trabalho. É fundamental que cada vez mais as empresas aceitem construir um acordo global, no qual se estabelecem padrões mínimos de condições e as relações de trabalho exigidos da Organização Internacional de Trabalho (OIT)”,  o secretário.

Crédito: CNM/CUT
Metalúrgicos do Rio Grande do Sul em intercâmbio no ABC paulistaMetalúrgicos do Rio Grande do Sul em intercâmbio no ABC paulista
João Cayres (em pé) destacou a importância do trabalho de rede para construção dos AMG's

Ainda na tarde desta segunda-feira, o grupo visitou a fábrica de autopeças Delga e seu Comitê Sindical de Empresa (CSE) e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ao longo da semana, estão previstas visitas ao Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba - que também tem CSEs em sua base - e ao Museu Afro-Brasil. Nesta terça, o grupo vai participar do Programa de Formação Trabalho e Cidadania do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que é realizado na sede CNM/CUT. O curso é voltado aos metalúrgicos do ABC para conhecer a forma de organização e a história do da entidade. No acordo firmado entre o Sindicato e as empresas, o trabalhador é liberado um dia por ano para participar do curso.

Seminário de Mulheres Metalúrgicas do Sul
Também com o objetivo de promover a troca de experiências e a articulação de lutas comuns, a FEM-CUT/RS realizou nos últimos dias 20 e 21 o 2º Seminário Estadual das Mulheres Metalúrgicas do Rio Grande do Sul. O evento surgiu da necessidade de discutir a situação das trabalhadoras dentro das fábricas e de garantir ações que promovam o fortalecimento de suas lutas na sociedade.

Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação
Encontro reuniu mulheresEncontro reuniu mulheres
Encontro reuniu mulheres de cinco sindicatos gaúchos e teve presença de dirigentes da FEM-CUT/RS
 

O vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul, Enio Santos, abriu o encontro destacando a atual conjuntura do país, onde após as eleições se estabeleceu o “3° turno”, com uma clara luta de classes. “É preciso defender a democracia e os direitos dos trabalhadores e uma reforma urgente do sistema político. E as mulheres têm um papel importante nesse processo”, alertou.

A coordenadora do Movimento dos (as) Trabalhadores(as) Desempregados(as) (MTD) e da Secretaria Municipal de Mulheres de Canoas, Lurdes Santin, palestrante convidada, falou sobre a participação das mulheres nos espaços de poder e decisão. Lurdes ressaltou que para que ocorra de fato a participação das mulheres na política é essencial a auto-organização. “Ainda vivemos em um universo patriarcal e machista, onde prevalece na sociedade a visão masculina, incorporada culturalmente e que deve ser transformada através da formação, organização e luta das mulheres”, destacou.

O seminário foi uma organização do Coletivo de Mulheres da Federação, e contou com a presença de representantes dos sindicatos de Canoas, Porto Alegre, Gramado, Erechim e Sapiranga.

(Fonte: Assessoria de Imprensa CNM/CUT, com informações da Federação dos Metalúrgicos da CUT do Rio Grande do Sul)