MENU

Metalúrgicos do setor naval querem piso salarial nacional

Em encontro que reuniu trabalhadores do segmento, a decisão é a de elaborar estudo que vai apontar a viabilidade da reivindicação.

Publicado: 31 Janeiro, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
Os participantes do encontro do setor navalOs participantes do encontro do setor naval
Os participantes do encontro do setor naval realizado na CNM/CUT

Os trabalhadores do setor naval querem estabelecer um piso salarial nacional. Para isso, será elaborado um estudo para demonstrar a viabilidade da reivindicação e que será a base para negociar com a entidade patronal da indústria naval brasileira. A intenção, além de igualar a remuneração, é a de também combater a rotatividade e a estratégia empresarial de migrar para locais onde a remuneração da mão de obra seja menor.

A decisão foi tomada em encontro dos trabalhadores do setor, realizado na última quarta-feira (29) na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), em São Bernardo do Campo (SP). O evento, que foi aprovado no plano de ação do setor naval deliberado na Plenária Estatutária da CNM/CUT em 2013, reuniu representantes de quatro sindicatos que representam metalúrgicos do segmento: Espírito Santo, Amazonas, Niterói (RJ) e Rio Grande (RS).
 

Crédito: CNM/CUT
Edson RochaEdson Rocha
Edson Rocha

Segundo o coordenador do setor naval e secretário de Administração e Finanças da Confederação, Edson Rocha, os dirigentes decidiram iniciar a luta pelo acordo coletivo nacional por meio da reivindicação de piso salarial único porque é justamente na remuneração que se encontra a grande diferença entre os direitos dos metalúrgicos do segmento (veja no quadro abaixo).

“As empresas do setor são as mesmas em todas as bases. Por isso, não tem sentido haver diferença na remuneração”, reforça Edson Rocha, que também preside o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói.

Na reunião, foi apresentado um estudo sobre o setor, elaborado pela Subseção do Dieese da CNM/CUT, que mostra a evolução do setor nos últimos 10 anos (o número de postos de trabalho, por exemplo, saltou de 12.800, em 2003, para 68 mil, em 2013) e faz uma comparação entre as convenções coletivas no que se refere a oito temas: auxílio creche, jornada de trabalho, acesso de dirigentes sindicais ao local de trabalho, off-shore, saúde e segurança, terceirização, alimentação e piso salarial.

“O estudo mostra que há semelhanças no que se refere a sete temas. A grande diferença, de fato, está no piso salarial”, informa o coordenador do setor naval.

O levantamento será elaborado pela Subseção do Dieese e vai comparar o custo de vida das cidades onde há presença da indústria naval. “Só pela troca de informações no encontro, temos certeza de que o estudo concluirá que os preços praticados são os mesmos”, destaca Edson Rocha.

Elaboração: Subseção do Dieese da CNM/CUTElaboração: Subseção do Dieese da CNM/CUT
Elaboração: Subseção do Dieese da CNM/CUT


(Fonte: Solange do Espírito Santo – assessoria de imprensa da CNM/CUT)