Metalúrgicos e químicos juntos na nova turma do curso de formação de extensão universitária Cesit/ Unicamp

A expectativa era grande entre os novatos. O grupo dos 35 dirigentes sindicalistas de todo o país, presentes na cerimônia de abertura do curso, dia 9, na Unicamp, em Campinas – SP estava ansioso para saber como seria a atividade. “Já me disseram que o curso é puxado”, disse Celso Nunes, um dos participantes.

A nova turma de sindicalistas foi recepcionada pelo presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, pelo secretário de Formação da Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT, Itamar José Sanches e Archimedes Lazzeri, assessor de Formação, representado o secretário de Formação da CUT Nacional, José Celestino, o Tino. Também estavam presentes o diretor do Instituto de Economia da Unicamp, Prof. Dr. Marcelo Proni, e Anselmo Luis dos Santos , representando o diretor do Cesit - Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, da Unicamp, Prof. José  Dari Krein.

Paulo Cayres iniciou com uma saudação a todas as mulheres. “Hoje é dia 9, mas todo dia é dia da mulher”, disse Cayres. O presidente da CNM/CUT disse que historicamente os químicos contam com mais mulheres em sua base, ao contrário do ramo metalúrgico, mas salientou que a política da CNM/CUT é de colocar as mulheres em todas as atividades. “Sabemos da dificuldade de muitas companheiras, que têm filhos pequenos, para estar aqui e participar desse programa de formação, mas o retorno dessa experiência é gratificante. É um investimento pessoal que vocês vão levar para as discussões nos sindicatos e vão poder dialogar com conteúdo de informações de economia, de sindicalismo, política. Toda essa teoria vocês vão aplicar na prática do dia a dia do dirigente.”, disse Cayres.

Mara Grabert Michele Ciciliato, secretária de Formação da CNM/CUT resgata a história desse curso de formação

Michele Ciciliato, secretária de Formação da CNM/CUT resgatou um pouco a história desse curso de formação, realizado em parceria com os sindicatos do Canadá - Caw e o IF Metal, da Suécia, e já formou dirigentes que hoje atuam na política do país, como Marco Maia, que foi dirigente da CNM/CUT e atualmente é deputado federal (PT) e presidente da Câmara Federal.

A dirigente destacou a participação ativa das companheiras. “Ficamos orgulhosos em constatar que dos 40 dirigentes, 30% de mulheres, que iniciaram o curso no ano passado, todos receberam os certificados. Tivemos 100% de frequência, conta Michele.

Mara Grabert Michele Ciciliato e Mauro César Nunes, o Tim

Alguns ex-alunos, que concluíram o curso em 2011, compareceram ao evento. O companheiro Mauro César Nunes, o Tim, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos, o Luizão, secretário de Formação da Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT – FEM/CUT – SP. E Valter Fidelis, do Sindicato de BH- Contagem, que não pode ir, mas enviou uma carta de incentivo aos novos alunos.

Para o secretário de Formação da CNQ, Itamar Sanches, “a integração entre os ramos metalúrgico e químico é bastante produtiva para os sindicalistas. Tenho certeza que os companheiros e as companheiras do ramo químico terão um excelente desempenho na realização desse curso,” enfatizou.

O diretor do Instituto de Economia da Unicamp, Prof. Dr. Marcelo Proni ressaltou a união dos ramos químico e metalúrgico na participação desse curso de extensão universitária e que a atuação da CNM/CUT tem sido exemplo de sucesso na formação de profissionais, que adquirem conhecimento e experiências para colaborarem com atitudes que possam melhorar o país. “É uma honra para o IE poder contar com grupos de sindicalistas que representam todas as regiões do país. Para nós a troca de informações é uma mão de duas vias, pois aprendemos muito com a experiência de vocês, ao contrário do que imaginam. Não estamos aqui para ensinar, mas sim para estabelecer esse precioso intercâmbio”, disse Proni.

O diretor do Cesit, Anselmo dos Santos salientou que a parceria entre a entidade e os ramos dos sindicatos para esse curso de extensão universitária traz um saldo positivo para todos. “Esse curso nos dá a oportunidade de poder compartilhar todo conhecimento acumulado por anos e a experiência real da vida dos dirigentes sindicais. É uma interação entre a academia e a vida de cada um dentro das fábricas, nas mesas de negociação e na organização no local de traballho.”, disse o acadêmico.

Mara Grabert Professora Angela Carneiro Araujo

Ao final do evento, o grupo ainda teve a aula inaugural sobre a presença da mulher e o sindicalismo, ministrada pela professora Angela Carneiro Araújo, do Instituto de Filosofia  e Ciências Humanas da Unicamp.

Mara Grabert Professora Angela fala na aula inaugural

O curso

O curso está montado em oito blocos. São 260 horas presenciais e 100 horas à distância. De março a setembro, cinco dias no mês. Para cada bloco serão duas disciplinas: Desenvolvimento Econômico e Introdução à Macro Economia. São disciplinas mais gerais, onde os alunos vão aprender conceitos para ajudar no desenvolvimento do curso. Desenvolvimento Econômico vai dar uma perspectiva histórica do desenvolvimento do capitalismo.

Mara Grabert Os monitores Valter, Marcelo e Eduardo

As outras disciplinas irão abordar temas mais específicos da atuação dos dirigentes.

O curso acontece na Fecamp e Unicamp, em Campinas – SP.

Mara Grabert - Imprensa