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Termina encontro nacional de redes sindicais de multinacionais alemãs

Publicado: 14 Agosto, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Trabalhadores Trabalhadores
Metalúrgicos realizaram o encontro de redes na sede da CNM/CUT

Terminou nesta quinta-feira (14) o Encontro Nacional de Redes Sindicais dos Metalúrgicos na Manessmann/Valourec, Leoni, Stihl e ThyssenKrupp. A atividade, que começou na terça-feira (12) , na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), em São Bernardo do Campo (SP), teve o objetivo de troca de experiências sobre a atuação sindical e fortalecer a ação nas redes. 

O encontro faz parte do projeto "Promoção dos Direitos Trabalhistas na América Latina", apoiado pelo Instituto de Formação da Central Sindical Alemã DGB, em parceria com a Central Única dos Trabalhadores e o Instituto Observatório Social.

Durante o encontro, os trabalhadores discutiram temas importantes para o funcionamento e o fortalecimento das redes, como diálogo social, normas e instrumentos internacionais sobre o trabalho, normas da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e diretrizes da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Além disso, o grupo teve formação sobre tecnologias da informação e da comunicação e sobre como utilizar ferramentas disponíveis na internet para facilitar a interação da rede.

O encontro também contou com um debate específico sobre a atuação e o futuro das redes participantes. Na rede da ThyssenKrupp, foram debatidos problemas de informação e de comunicação entre as plantas, as normas e diretrizes diferentes para cada local de trabalho, a falta de retorno da empresa sobre demandas dos trabalhadores e os desafios para dar continuidade ao trabalho da rede.

As demais redes, que têm apenas uma planta no Brasil, debateram pontos fundamentais para o fortalecimento e a continuidade das atividades e a integração com os trabalhadores nas unidades de outros países. Foram levantados alguns desafios, como o reconhecimento das redes por parte das multinacionais, maior apoio dos sindicatos e melhoria na comunicação com os trabalhadores no chão da fábrica.

Espaço de transformação
Participaram da mesa de abertura o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, o secretário de Organização da CNM/CUT, Ubirajara de Freitas, o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos da Força Sindical (CNTM), Valcir Ascari, o coordenador de programas de Responsabilidade Social do Instituto Observatório Social, Hélio da Costa, e a coordenadora de projetos da DGB na América Latina, Flávia Silva.

Para o presidente da CNM/CUT, é necessário o envolvimento dos sindicatos para o fortalecimento da rede e das ações dos trabalhadores. “O encontro é um espaço de transformação, porque as redes fortalecem as conquistas”, ressaltou. “As redes promovem educação e formação, e, ao fazermos essa preparação, não podemos nos limitar a esse espaço. A missão das redes é transmitir saber”, completou Cayres.

Crédito: CNM/CUT
Paulo Cayres Paulo Cayres
Cayres (ao microfone) destacou papel das redes para ampliar conquistas

Segundo o secretário-geral da CNTM, realizar um encontro com sindicalistas de duas centrais é um avanço que beneficia todos trabalhadores. “Em eventos como esse, passamos por cima de questões ideológicas em benefício dos interesses comuns dos trabalhadores”, disse Ascari.

Para a representante da DGB, Flávia Cristina, a presença de duas centrais em redes sindicais é uma conquista, mas também um desafio permanente. "A política de redes pode ajudar a fazer um sindicalismo melhor. A rede pode auxiliar desde a organização do local de trabalho até a construção de acordos coletivos de trabalho, que hoje são dois grandes desafios para os sindicatos”, reforçou.

Na manhã desta quinta-feira, o secretário geral e de Relações Internacionais da CNM/CUT, João Cayres, fez uma saudação aos participantes via skype. O dirigente está nos Estados Unidos, representando a Confederação no Congresso do United Steelworkers (USW).

Participam do encontro 40 trabalhadores e dirigentes, representando metalúrgicos das multinacionais nos estados de Minas Gerais, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso e São Paulo, além do Distrito Federal. 

(Fonte: Instituto Observatório Social, com assessoria de imprensa da CNM/CUT)