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Ministro do STF suspende apuração de caso Queiroz

Publicado: 17 Janeiro, 2019 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou, nesta quinta-feira (17), a suspensão da investigação instaurada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que apura as movimentações financeiras de Fabricio Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL-RJ). A movimentação foi considerada "atípica" pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O caso veio a público em 6 de dezembro. Desde então, Queiroz foi intimado a prestar esclarecimento ao Ministério Público do Rio, mas faltou por duas vezes – nos dias 19 e 21. A defesa do ex-assessor alegou motivos de saúde para justificar o não comparecimento de Queiroz.

Mas Queiroz compareceu a entrevista no SBT em que justificou a movimentação financeira com a compra e venda de carros. "Sou um cara de negócios, faço dinheiro", disse. A jornalista Débora Bergamasco não questionou, porém, o fato de uma pessoa com cargo público (além de função na Polícia Militar ocupava um posto na Assembleia Legislativa, no gabinete de Flávio Bolsonaro) não poder ser um "cara de negócios".

A decisão de Fux atende a um pedido de Flávio Bolsonaro – um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro. O senador eleito igualmente faltou ao depoimento no Ministério Público, por meio do qual deveria explicar por que mantinha lotado em seu gabinete um assessor envolvido em outros negócios, como Queiroz.

Em relatório do Coaf, Fabricio Queiroz é citado por movimentar R$ 1,2 milhão em uma conta bancária, durante um ano, mesmo recebendo vencimentos mensais de R$ 23 mil. Dessa conta saíram também R$ 24 mil em depósito para a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Leia abaixo a íntegra de nota divulgada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro:

Nota de esclarecimento

Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informa que em razão de decisão cautelar proferida nos autos da Reclamação de nº 32989, ajuizada perante o Supremo Tribunal Federal (STF), foi determinada a suspensão do procedimento investigatório criminal que apura movimentações financeiras atípicas de Fabricio Queiroz e outros, “até que o Relator da Reclamação se pronuncie”.

Pelo fato do procedimento tramitar sob absoluto sigilo, reiterado na decisão do STF, o MPRJ não se manifestará sobre o mérito da decisão.

(Fonte: Rede Brasil Atual)