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'Mobilização popular na América Latina é para distribuir riquezas', diz sindicalista argentino

Publicado: 04 Dezembro, 2019 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
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Maicon (microfone) mediou debate dos sindicalistas internacionais  

“O avanço da direita na América Latina aprofundou as desigualdades em todo o continente. As mobilizações populares que estão acontecendo em diversos países são para distribuir riquezas.” Esta é a avaliação de Diego Seimandi, secretário de ação Política da associação dos funcionários da Argentina, durante a reunião do conselho diretivo da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), que teve início nesta terça-feira (04), na sede da entidade. 

Por videoconferência, o sindicalista também afirmou que é preciso de uma frente ampla de esquerda para derrotar o avanço das políticas neoliberais dos governos conservadores. “Temos que seguir nas ruas por todos os povos da América Latina. Nós argentinos tiramos do poder um governo que atacou os trabalhadores, mas não basta a vitória eleitoral apenas na Argentina. Para o novo presidente governar temos que recuperar o Brasil, Uruguai, Colômbia e etc”, afirmou. “Estamos resistindo, mas não podemos deixar de lutar para um todo”, completou. 

A análise de conjuntura internacional foi mediada pelo secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Maicon Vasconcelos, que também contou com a participação de Horário Fuentes, presidente do Sindicato Nacional da Indústria Chilena.

Atualmente, o Chile vive uma onda de mobilizações populares contra as desigualdades sociais e medidas de retrocesso do governo Sebastián Piñera. “Estamos vivendo o fundamentalismo neoliberal no Chile. A resposta do movimento sindical é apoiar e convocar a população a irem às ruas até retirar este governo. Nossa luta é pelo bem-estar econômico do país, pelos trabalhadores e por direitos sociais”, disse. 

Fuentes também criticou o modelo neoliberal no país que privatizou serviços básicos para a população chilena. “Todo sistema previdenciário, educacional e de saúde foi privatizado para uma população que, majoritariamente, recebe salário mínimo. Este projeto é antidemocrático e enfraquece os movimentos social e sindical. Somos um exemplo mundial que este projeto de retirada de direitos não deu certo”, finalizou. 

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)