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Movimentos sociais preparam ato de solidariedade a Lula dia 17 em São Paulo

Contra o que consideram "linchamento midiático", movimentos sociais vão marcar presença no dia que o presidente terá de depor ao Ministério Público.

Publicado: 03 Fevereiro, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
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Ato em solidariedade a Lula é organizado pela Frente Brasil Popular

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile anunciou na tarde desta terça-feira  (2) que os movimentos que compõem a Frente Brasil Popular vão realizar um ato de solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mobilização será no próximo dia 17, data que Lula e a esposa, Marisa Letícia Lula da Silva, vão depor no Ministério Público (MP) paulista sobre a propriedade de um tríplex na cidade de Guarujá, litoral paulista. “Somos solidários a ele, que é a maior liderança política deste país”, afirmou Stédile.

Crédito: Divulgação
João Pedro StedileJoão Pedro Stedile
João Pedro Stedile

Para o coordenador do MST, Lula está sendo vítima de um linchamento midiático, cujo objetivo é inviabilizar sua candidatura na eleição presidencial de 2018. “O verdadeiro objetivo não é prender o Lula. Até porque isso provocaria reações imprevisíveis do povão. Aliás, se tivesse cometido crime, já estaria preso há muito tempo, de tanto que vasculham a vida dele. O objetivo é acabar com a possibilidade de ele se candidatar”, avaliou Stédile.

O MP, com aval e ilações da mídia, suspeita que Lula é o proprietário oculto de um apartamento tríplex no Condomínio Solaris, pertencente à construtora OAS. O ex-presidente diz que adquiriu uma cota na planta, quando o empreendimento pertencia à Bancoop – Cooperativa Habitacional dos Bancários –, que teve problemas financeiros e repassou empreendimentos à OAS. Em 2015, a família de Lula desistiu de adquirir uma das unidades, solicitando ressarcimento dos valores pagos (leia aqui).

Stédile destacou que espera isonomia da imprensa, do Ministério Público e da Justiça em investigar irregularidades de figuras importantes da política nacional. “Todo ex-presidente tem prerrogativas, que alguns consideram privilégios. Mas ninguém questiona a fazenda do (ex-presidente) Fernando Henrique Cardoso (FHC) em Minas Gerais. Ou o apartamento dele em Paris. Que se investiguem a todos”, disse.

Na semana passada, para atacar Lula, FHC emitiu uma nota desmentindo que o apartamento em Paris seja dele. Porém, tanto a fazenda – que foi vendida pela família dele – quanto o apartamento pertencem ao empresário Jovelino Mineiro, amigo do ex-presidente e um dos principais arrecadadores de doações para constituição do Instituto FHC. Inclusive, entre empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.

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(Fonte: Rodrigo Gomes - Rede Brasil Atual)