Na LG, resultados fracos com celular derrubam chefe

O executivo-chefe da LG Electronics, terceira maior fabricante mundial de telefones celulares, demitiu-se do cargo, assumindo a responsabilidade pelas perdas contínuas da problemática divisão de aparelhos móveis da companhia sul-coreana.

A LG divulgou uma queda de 90% no lucro operacional de sua unidade de celulares no segundo trimestre, principalmente porque a companhia falhou em manter-se competitiva no cada vez mais importante segmento de telefones avançados, com acesso à internet.

Koo Bon-joon, membro da família fundadora do grupo LG e principal executivo da "trading" LG International, vai assumir o cargo no início de outubro, substituindo Nam Yong, que manterá o título de executivo-chefe até a assembleia geral da companhia, programada para março.

A indicação de Koo se segue às recentes mudanças na Nokia. O grupo finlandês contratou Stephen Elop, um executivo canadense que anteriormente comandava a divisão de negócios empresariais da Microsoft, para não ficar atrás nas inovações em smartphone da Apple e do Google.

As mudanças nas duas companhias refletem as alterações que os fabricantes de celulares enfrentam para acompanhar as tendências de mercado, que mudam rapidamente, em especial a demanda por smartphones, cujo crescimento tem sido mais veloz que o esperado. Embora a Nokia permaneça como maior fabricante mundial de celulares em volume, ela não criou um aparelho comparável ao sucesso comercial do iPhone, da Apple, ou à crescente variedade de smartphones que usam o sistema operacional Android, do Google.

A LG detém 10% do mercado global de celulares, frente aos 20% da Samsung. Mas sua participação em smartphones permanece mínima, resultado de sua entrada tardia na área. O primeiro lançamento mundial de um smartphone da LG ocorreu somente na semana passada. A LG projeta vendas de 10 milhões de unidades de seu telefone, o Optimus One, que será vendido por cerca de 120 operadoras no mundo todo.

A Samsung também luta para acompanhar as rivais na corrida dos smartphones, mas contra-atacou com o recente GalaxyS, que usa o sistema Android e vem ganhando popularidade. A empresa espera dobrar sua participação em smartphones até o fim do ano, para 10%, e duplicar as vendas desses aparelhos no ano que vem.

Fonte: Financial Times