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Nissan: ato em SP em solidariedade a trabalhador demitido nos EUA

Publicado: 03 Abril, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Ato reuniu representantes das centrais sindicaisAto reuniu representantes das centrais sindicais
Manifestação reuniu representantes das centrais sindicais

A Campanha contra a prática antissindical da Nissan nos Estados Unidos teve uma nova ação na capital paulista nesta quinta-feira (3), quando foi realizado um ato unificado da em frente a uma concessionária da montadora. A manifestação, que reuniu representantes da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Sindicato dos Comerciários e Força Sindical, desta vez foi em solidariedade a Calvin Moore, trabalhador que foi demitido da unidade de Canton, no Mississipi, por sua militância sindical.

Calvin faz parte da Comissão por Eleições Justas do sindicato dos trabalhadores do setor automotivo nos Estados Unidos (United Auto Workers) e trabalha há 11 anos na linha de montagem da fábrica. O apoio às reivindicações dos sindicalistas norte-americanos e às campanhas para permitir a sindicalização de metalúrgicos na Nissan foram um dos motivos da empresa para demitir o trabalhador.

Nos EUA, trabalhadores e líderes comunitários exigem que a empresa permita a sindicalização de seus funcionários, mas a reação da Nissan tem sido de intimidação, inclusive com ameaça de demissão e fechamento da fábrica. Por isso, a UAW deflagrou, há mais de um ano, uma campanha internacional contra esta prática da Nissan.

Crédito: Divulgação
Cayres e as metalúrgicas da CUT durante o atoCayres e as metalúrgicas da CUT durante o ato
Cayres e as metalúrgicas da CUT durante o ato

Presente no ato desta quinta-feira, o secretário-geral e de Relações Internacionais da CNM/CUT, João Cayres, conta que a mobilização internacional é importante para melhorar as condições de trabalho naquela planta da montadora. “Continuamos juntos nessa luta de solidariedade global para que os trabalhadores da Nissan consigam ter representação sindical. A campanha é também contra o abuso patronal da montadora em todo o mundo. Repudiamos qualquer ação que intimida o trabalhador ou o impeça de usufruir de seus direitos”, disse, lembrando que a CNM/CUT está apoiando esta campanha desde o início.

Além dos representantes e trabalhadores, estiveram presentes as participantes do Intercâmbio Sindical de Mulheres Metalúrgicas da CUT.  Para João, a realidade do sindicalista de um país desenvolvido não é diferente do Brasil. “Infelizmente, a repressão aos trabalhadores e aos sindicatos não é um problema de países subdesenvolvidos. Para estas companheiras do Intercâmbio, este evento é uma oportunidade para conhecerem a realidade de trabalhadores do mundo. A luta é mundial”, argumentou.

(Fonte: Shayane Servilha – assessoria de imprensa da CNM/CUT)