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No Panamá, metalúrgicos da CUT realizam ato em defesa da liberdade de Lula

Brasileiros participam da 2ª Conferência Regional da IndustriALL na América Latina e no Caribe.

Publicado: 16 Maio, 2018 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
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 Representantes dos trabalhadores na América Latina e Caribe denunciam prisão de Lula

Na manhã desta quarta-feira (16), os metalúrgicos da CUT e representantes dos trabalhadores na indústria da América Latina e Caribe realizaram um ato em defesa da liberdade do ex-presidente Lula. A manifestação fez parte da 2ª Conferência Regional da IndustriALL, federação internacional dos trabalhadores na indústria.

Pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM) participam da Conferência o presidente, Paulo Cayres, a secretária de Mulheres, Marli Melo, a secretária de Igualdade Racial, Christiane dos Santos, e o secretário de Relações Internacionais, Maicon Vasconcelos.

Em sua intervenção, Cayres reafirmou a solidariedade ao ex-presidente e metalúrgico. “A prisão de Lula é política e judicial. Não tem provas contra ele. Esta perseguição é para que ele esteja fora das disputas eleitorais em outubro de 2018. Mesmo preso, Lula é o candidato que ganha de todos seus adversários, segundo pesquisas. Lula é presidente que o Brasil precisa para crescer”, avaliou.

Já o secretário de Relações Internacionais relembrou a importância da solidariedade dos trabalhadores de todo o mundo em defesa de Lula. “Recebemos diversas demonstrações de apoio. Ele é uma referência em todo o mundo quando diz respeito a políticas sociais inclusivas, retomada da indústria e empregos de qualidade”, disse.  “Pensar a América Latina unida é muito importante para manter a democracia. Os capitalistas estão unidos e os trabalhadores e trabalhadoras também precisam unificar suas lutas”, completou. 

Crédito: Divulgação
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Secretários da CNM/CUT participam de Conferência no Panamá

Igualdade de gênero e racial
No debate sobre a promoção da igualdade de gênero, Marli ressaltou urgência do combate ao machismo e às estruturas que mantém as desigualdades de gênero. “A CUT em 2011 aprovou 50% mulheres na sua direção. A CNM/CUT tem 30% de mulheres em sua direção, sendo que somos 18% na nossa categoria. Isso quer dizer que é possível fazer uma política de igualdade de gênero. Trazer as companheiras para os cargos de direção não é um tema somente para mulheres, mas para todos que organizam os trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou. 

Já para a secretária de Igualdade Racial, o tema da Conferência “Democracia e Justiça Social” foi essencial para pautar o racismo no mundo. “O Brasil é um país extremamente racista. Não temos como falar em democracia sem pautar a questão racial. Uma das principais ações da IndustriALL é a luta contra o trabalho precário. No nosso país sabemos quem o trabalho precário é da população negra. Por isso, a luta é essencial para igualdade de direitos na sociedade e no mundo do trabalho”, falou. 

Macrossetor da Indústria da CUT
Durante o encontro também foi apresentado o Macrossetor da Industria da CUT (MSI), composto pelos metalúrgicos, químicos, vestuário, trabalhadores na construção e na alimentação.  “Discutimos a possibilidade de ampliá-lo internacionalmente, fazendo o Macrossetor do Mercosul, por exemplo. Infelizmente, muitos países são submissos as multinacionais, que precarizam o emprego e aumenta o desemprego no mundo.  Os debates da Conferência têm o objetivo de fortalecer a luta contra esta situação nos países da América Latina e Caribe”, contou o presidente da Confederação.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)